Música, teatro, dança e muita cultura estão na programação da 4ª edição do Festival Porongos, que acontece neste sábado (20). Criado como alternativa para a democratização do acesso aos bens e aos meios culturais, o evento acontece no dia 20 de setembro, como um contraponto às comemorações tradicionalistas do estado. Na programação, o foco do festival é destacar a diversidade cultural e a ancestralidade negra. As atividades são na quadra da Imperadores do Samba (Padre Cacique, 1.567), das 12h30min até 22h, com entrada franca.
A abertura dos portões ocorre às 12h45min e a peça O Lanceirinho Negro, inspirada no livro da escritora Angela Xavier, abre as apresentações, às 13h30min. Já a programação musical conta com o show da banda Sambas de Protesto, seguido de Marietti Fialho e Os Viajantes na Terra. Zilladxg representa as novas nuances do rap. No ano passado se apresentou pela segunda vez no festival Rap In Cena e no Museu do Hip Hop.
Rosa Nikka, travesti, cantora, compositora e artista gaúcha, também mostra seu trabalho que leva a diversidade musical que une bandinha, pop, cantos afro-religiosos e pagodão baiano. A cantora lançou recentemente o EP A Flor do Pampa. Como parte do evento, uma Gira de Vogue Femme levará ao palco artistas de diversas casas de vogue da Capital.
O encerramento será com a atração nacional N.I.N.A., pesquisadora musical e DJ, uma das artistas da cena do grime e drill, que lançou seu primeiro álbum em 2022 e entre tantos trabalhos destaca-se a sua participação no projeto Poetisas no Topo. Nascida e criada na Zona Norte do Rio de Janeiro, Nina é compositora e dona de mais de 50 milhões de views em streamings solo e mais de 2 milhões somente no Spotify. No Youtube, Nina conta com mais de 65 mil inscritos em seu canal e mais de 19 milhões de views. A dispersão será com samba da Imperadores do Samba.
Thaise Machado, idealizadora e diretora criativa do Festival, afirma que o objetivo do evento é firmar um território negro, contemplando a diversidade de ritmos e artistas negros da cultura gaúcha. "A arte sempre foi uma das principais ferramentas para a população negra se manifestar e denunciar o racismo. Assim, nasceu o nosso festival", declara Thaise.
Criado em 2018, Porongos tem como papel fomentar redes que contemplam artistas negros da indústria cultural local gaúcha e democratizar o acesso aos bens culturais. O Festival se apresenta como um espaço que disponibiliza espetáculos de teatro, dança e música gratuitamente. Além disso, ainda realiza uma oficina visando a formação dos artistas. Mais informações estão disponíveis no site do Festival.