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Publicada em 16 de Novembro de 2023 às 10:52

Feira do Livro de Porto Alegre tem venda 6% inferior ao ano passado

Média de venda durante o evento foi de 2.899 por banca, em um total de 211.619 livros vendidos

Média de venda durante o evento foi de 2.899 por banca, em um total de 211.619 livros vendidos

EVANDRO OLIVEIRA/JC
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Luciane Medeiros
Luciane Medeiros Editora Assistente
A 69ª Feira do Livro de Porto Alegre encerrou nesta quarta-feira (15) com 211.619 livros vendidos. Foram 2.899 exemplares por banca, 6% abaixo do ano passado. Apesar da queda nas vendas, o resultado é considerado positivo pela organização da feira, que destacou o incremento no número de atividades durante o evento e circulação de público na Praça da Alfândega.
A 69ª Feira do Livro de Porto Alegre encerrou nesta quarta-feira (15) com 211.619 livros vendidos. Foram 2.899 exemplares por banca, 6% abaixo do ano passado. Apesar da queda nas vendas, o resultado é considerado positivo pela organização da feira, que destacou o incremento no número de atividades durante o evento e circulação de público na Praça da Alfândega.
“Tivemos seis dias de chuva, mas mesmo assim consideramos positivo. A chuva atrapalhou, mas mesmo com a chuvarada ontem estava lotado”, exemplificou o presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro, Maximiliano Ledur, durante coletiva de balanço do evento na manhã desta quinta-feira (16).
A realização do evento chegou a ficar ameaçada em decorrência da falta de verbas neste ano, mas o impasse foi resolvido após a liberação de recursos pela Câmara de Vereadores de Porto Alegre e pelo governo do Estado. “Estamos satisfeitos com esses números e com tudo o que aconteceu até porque passamos por momentos turbulentos antes da feira, e essa foi mais uma feira de muito sucesso”, ponderou Ledur.
Um dos destaques da 69ª Feira do Livro foi o grande volume de eventos na programação, tanto para o público adulto quanto infantil. Na área de programação infantil e acessibilidade, ocorreram 619 atividades como contação de histórias e rodas de conversa, dos quais 72 encontros tiveram agendamento prévio feito pelos professores ainda em agosto. “Isso é essencial para que os encontros sejam produtivos e prazerosos”, avaliou a coordenadora da programação infantil e acessibilidade, Sônia Zanchetta. As atividades voltadas às escolas foram realizadas nos espaços Petrobras Carlos Urbim, Jovem Banrisul Vero, Quintal das Histórias e na Praça de Autógrafos e contaram com a participação de 8.720 alunos de mais de 300 turmas.
Para o público adulto, a Feira teve 158 eventos, sendo 123 mesas e bate-papos, 20 apresentações artísticas e 15 oficinas de escrita e literatura, que tiveram 700 inscritos. “Em 20 dias de feira, foram 15 módulos de oficinas, o público ama. Ocorreram em salas para 70 pessoas e várias lotaram. Outro diferencial foi a inscrição na hora, o que funcionou bem”, avalia a coordenadora da programação geral, Sandra La Porta. A Feira teve 655 sessões de autógrafos neste ano, sendo 49 coletivas e 606 individuais. 
 
A programação geral atraiu 9.152 pessoas neste ano, que acompanharam as atividades realizadas nos auditórios Barbosa Lessa, do Espaço Força e Luz, e do Memorial do Rio Grande do Sul, além do Espaço Petrobras Carlos Urbim.
Quase 500 autores participaram das atividades, com intensa participação de escritores internacionais. “Pela primeira vez na história um autor dos Emirados Árabes Unidos esteve na programação da Feira. Isso representa a pluralidade de visões de mundo. Os nossos eventos trouxeram temáticas importantes para o centro dos debates, como a sustentabilidade e o antirracismo”, ressalta Sandra.
O maior período de funcionamento das bancas, que neste ano abriram entre 10h e 20h, foi considerado positivo pelos organizadores e um dos pontos que permitiu a maior circulação de público. Ledur explica que a manutenção da faixa horária deve ser definida em assembleia. “Provavelmente é um horário que veio para ficar”, afirma.
O presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro lembrou que foram dois anos de muito desafio para a realização do evento em decorrência dos problemas financeiros e que a Feira é referência mundial no modelo que adota, que não cobra ingresso. “A sensação é de alívio, de deu tudo certo, e programar realmente a Feira para o ano que vem”, diz Ledur, adiantando a data da edição de 2024, que marca os 70 anos da Feira do Livro: será de 1º a 17 de novembro.
 
 
 

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