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Repórter Brasília
Edgar Lisboa

Edgar Lisboa

Publicada em 27 de Outubro de 2024 às 20:21

Avançam negociações para Frente Política

Aécio Neves

Aécio Neves

Marina Ramos/Câmara dos Deputados/JC
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Com o fim do segundo turno nas eleições municipais no País, parlamentares e partidos retomam suas atividades no Congresso Nacional esta semana. O grupo que trata da criação da "Grande Frente Política", antes da tentativa de fusão entre PSDB, PDT, Cidadania, Solidariedade, PRD e União Brasil, pretende anunciar a evolução das negociações logo. O deputado Aécio Neves (foto), do PSDB de Minas Gerais, ex-governador, ex-presidente da Câmara dos Deputados, estaria capitaneando as negociações junto com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, do PSDB gaúcho.
Com o fim do segundo turno nas eleições municipais no País, parlamentares e partidos retomam suas atividades no Congresso Nacional esta semana. O grupo que trata da criação da "Grande Frente Política", antes da tentativa de fusão entre PSDB, PDT, Cidadania, Solidariedade, PRD e União Brasil, pretende anunciar a evolução das negociações logo. O deputado Aécio Neves (foto), do PSDB de Minas Gerais, ex-governador, ex-presidente da Câmara dos Deputados, estaria capitaneando as negociações junto com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, do PSDB gaúcho.
Futura federação
Os caciques dos partidos estão negociando uma Grande Frente Política que futuramente pretende ser uma federação, prevista em lei eleitoral. Há bastante possibilidade de as negociações avançarem, para manter a sobrevivência nas urnas e evitarem a extinção, diante da cláusula de barreira.
Medo do tamanho do União Brasil
O PDT, que era dúvida, avança no grupo, admite um analista político que acompanha de perto a situação do partido fundado por Leonel Brizola. Uma das preocupações que têm sido percebidas é em relação ao União Brasil, que é um partido muito grande. Na visão de alguns integrantes dos partidos que formam o grupo, o União Brasil, de Ronaldo Caiado, de ACM Neto, é um partido que tende a ser hegemônico. Em caso de fusão, os outros praticamente desaparecem. Quer dizer, desaparecer por não cumprir a cláusula de barreira ou desaparecer por ter sido engolido talvez não seria muito diferente.
Perdendo sustentação no PDT
"Não estou dizendo que seja impeditivo, mas que tem essa preocupação. A segunda preocupação é a questão Ciro Gomes. Ele ficou no PDT com a liberdade de fazer críticas construtivas ao governo, mas ele exagerou na dose. Ele tem feito críticas que são, assim, mais de perfil do fígado do que do coração", avaliou para o Repórter Brasília um analista político profundo conhecedor do partido.
Temor da fusão
"Na verdade, isso até seria um facilitador, porque os outros partidos temem participar de uma fusão com o PDT porque Ciro (Gomes) pode ser candidato. Pode ser que Ciro se anime a querer ser candidato. Os outros partidos temem que a fusão possa ser uma tentativa de Ciro ressuscitar como um nome viável", concluiu o analista.
Azeitona na empada de Ciro
"Esses dois aspectos são as maiores preocupações. Uma preocupação do PDT que a gente percebe. E a outra preocupação é de os outros partidos, digamos assim, botarem a azeitona na empadinha do Ciro. Tudo vai depender de como Ciro Gomes vai resolver a questão dele com o PDT, que já não está muito boa", acentua o experiente analista político.
Posição dos outros partidos
Continuando em sua análise, o especialista aponta: "tem Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, e tem Ronaldo Caiado querendo ser candidato; o próprio ACM Neto não descarta a possibilidade de ser um nome. Tem também a turma do PSDB, que está precisando rever seus métodos para não desaparecer, senão esses políticos simplesmente vão desaparecer, inclusive Aécio Neves e outros".

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