Porto Alegre, qui, 10/04/25

Anuncie no JC
Assine agora
Pensar a Cidade
Bruna Suptitz

Bruna Suptitz

Publicada em 24 de Novembro de 2024 às 16:42

Grupo protesta contra projeto de prédio de 130 metros de altura em Porto Alegre

Protesto teve abraço simbólico ao terreno que receberá empreendimento do Grupo Zaffari

Protesto teve abraço simbólico ao terreno que receberá empreendimento do Grupo Zaffari

Bruna Suptitz/Especial/JC
Compartilhe:
Bruna Suptitz
Bruna Suptitz
Reunidos na tarde deste sábado, 23 de novembro, um grupo com cerca de cem pessoas protestou contra o projeto que prevê torres de até 130 metros de altura próximo ao parque Marinha do Brasil e ao shopping Praia de Belas. A mobilização, que teve início nas redes sociais e grupos de whatsapp, culminou com um ato na Praça Itália e um abraço simbólico ao terreno. O grupo pede a realização de uma audiência pública para apresentar e debater o projeto com a comunidade.
Reunidos na tarde deste sábado, 23 de novembro, um grupo com cerca de cem pessoas protestou contra o projeto que prevê torres de até 130 metros de altura próximo ao parque Marinha do Brasil e ao shopping Praia de Belas. A mobilização, que teve início nas redes sociais e grupos de whatsapp, culminou com um ato na Praça Itália e um abraço simbólico ao terreno. O grupo pede a realização de uma audiência pública para apresentar e debater o projeto com a comunidade.
O terreno pertence ao Grupo Zaffari, responsável pelo empreendimento. O Estudo de Viabilidade Urbanística (EVU) para a construção de um conjunto comercial e residencial no local foi aprovado pelo Conselho do Plano Diretor em reunião do dia 13 de novembro. Agora, depende de trâmites dentro dos setores responsáveis na prefeitura para que seja autorizado o início das obras.
“Não somos contra o progresso, não somos contra a construção de edifícios. Queremos respeito ao Plano Diretor”, pontuou José Paulo Barros, presidente da Associação Comunitária de Moradores e Amigos de Porto Alegre (Acomapa), que se apresentou como responsável pela organização do ato. Estiveram presentes também parlamentares estaduais e da Capital, todos da oposição.
A altura dos prédios foi central em todas as falas e nos cartazes exibidos durante o protesto, com os dizeres rejeitando os “espigões”. O Plano Diretor, embora fixe em 52 metros o limite de altura na cidade, prevê a flexibilização deste e de outros parâmetros urbanísticos para Projetos Especiais de Impacto Urbano, desde que atendidas condicionantes estipuladas pelo poder público.
A principal preocupação manifestada pelos presentes, em sua maioria moradores do bairro Menino Deus, é com o sombreamento que os edifícios farão nos prédios menores do entorno. “Quem sofre as consequências de tudo isso somos nós, moradores”, completou Barros. Além disso, muitos dos manifestantes declararam esperar que no terreno fosse erguido um hipermercado Bourbon, marca pertencente ao Grupo Zaffari.
A coluna tenta contato com o empreendedor e mantém aberto o espaço para publicação.
O empreendimento ficará situado no quarteirão formado pelas ruas Avenida Borges de Medeiros, Rua Dr. Alter Cintra de Oliveira, Avenida Praia de Belas e Rua Peri Machado. Está prevista a construção de cinco edifícios, sendo uma torre de 130 metros (m) de altura, duas com 100m e outras duas com 85m e 61m cada. Os prédios terão uso misto, com apartamentos, serviço e espaços comerciais na base, além de um supermercado como atividade âncora e estacionamento.

Notícias relacionadas

Comentários

0 comentários