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Patrícia Comunello

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Publicada em 30 de Outubro de 2025 às 17:24

Nacional da Aureliano será de rede gaúcha dona de supermercados e atacarejos

Filial da bandeira comprada pelo Carrefour fechou em agosto na Capital

Filial da bandeira comprada pelo Carrefour fechou em agosto na Capital

/TÂNIA MEINERZ/JC
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Patrícia Comunello
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"Agora posso falar oficialmente. Assinamos o distrato com o Carrefour hoje." A mensagem enviada por WhatsApp pelo diretor do grupo Dallasanta, um dos donos do imóvel que foi Nacional na avenida Aureliano de Figueiredo Pinto, também veio acompanhada da informação mais relevante e aguardada pela coluna Minuto Varejo e residentes na região entre os bairros Cidade Baixa e Menino Deus: "Vai ser o grupo Rissul na Aureliano". 
"Agora posso falar oficialmente. Assinamos o distrato com o Carrefour hoje." A mensagem enviada por WhatsApp pelo diretor do grupo Dallasanta, um dos donos do imóvel que foi Nacional na avenida Aureliano de Figueiredo Pinto, também veio acompanhada da informação mais relevante e aguardada pela coluna Minuto Varejo e residentes na região entre os bairros Cidade Baixa e Menino Deus: "Vai ser o grupo Rissul na Aureliano". 
O grupo é o Unidasul, dono das bandeiras Rissul e Macromix, que é o atacarejo e que foi o formato escolhido para o ponto do ex-Nacional.
Os dois bairros de classe média próximos ao Centro da Capital ficaram órfãos da loja e ainda de outras duas ex-Nacional: a do Praia de Belas Shopping, que deve virar Zaffari, e rua Jose de Alencar, ainda indefinida ou com acerto, caso tenha sido feito, que não teve player revelado. Especula-se que pode ser o catarinense Bistek. A rede, com três lojas em Porto Alegre, não comenta sobre eventual acerto, mas, sim, estava no páreo do imóvel. Preço do aluguel seria o maior obstáculo. 
O sucessor do Nacional na avenida Aureliano de Figueiredo Pinto está definido sim. Pedro Dal Magro, diretor de propriedades da Dallasanta, diz que as chaves foram entregues nesta quinta-feira (30) ao Unidasul, terceiro maior varejista de supermercado do Rio Grande do Sul. Sobre a negociação, Dal Magro resumiu: "Foi mais longa que difícil". Havia mais concorrentes nas tratativas. 
De Cesaro negociou por mais de 15 meses até ter a confirmação da chave da loja na Capital  | PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
De Cesaro negociou por mais de 15 meses até ter a confirmação da chave da loja na Capital PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
A coluna tinha obtido a informação de que o Unidasul havia vencido a disputa ainda na manhã desta quinta-feira e diretamente do presidente do grupo, Augusto De Cesaro, um dos mais experientes supermercadistas em atividade no segmento gaúcho. "Mas temos de receber as chaves", condicionou De Cesaro, sobre a publicação da notícia. "É uma questão de segurança."  
A loja fechou em 3 de agosto. Vizinhos, muitos que perguntavam ao Minuto Varejo sobre a definição diariamente pela expectativa de ter de volta o supermercado, estavam preocupados pois o prédio já estaria sendo alvo de arrombamentos. 
O presidente do Unidasul contou que as conversas começaram em meados de 2024, logo que o Bradesco BBI, Banco de Investimento, foi contratado pelo Carrefour para ofertar as lojas. No Estado, eram 39 unidades e mais oito no Paraná. 
O empresário descreve como uma disputa dura, entre preços e prazos. Mas o que ajudou o Unidasul foi um histórico já de contratos com a Dallasanta. O grupo varejista, com sede em Esteio, terá novas lojas Rissul em Porto Alegre, em complexos do mesmo dono do ativo na Cidade Baixa.
Novas lojas da bandeiras vão abrir no mall Otto 2500, na avenida Otto Niemeyer, na Zona Sul da Capital, e no futuro centro comercial na avenida Protásio Alves, quase na avenida Antônio de Carvalho, na Zona Leste. A coluna já noticiou os dois acertos. São movimentos que integram a expansão física do grupo.
Mesmo que seja o atacarejo, a diferença não será muito sensível. O formato cada vez está mais próximo ao de supermercado de vizinhança. Os setores mais fortes e diferenciados em serviços e produtos no Macromix são áreas líderes nas lojas de bairro - hortifrúti, açougue e padaria. Os setores de maiores volumes de não-perecíveis, com preços mais atrativos, acabam sendo quase os mesmos na briga com bandeiras concorrentes.
O supermercado na Aureliano deve abrir somente em 2026. Serão necessárias obras para melhorar a estrutura do prédio, além de fazer cobertura no estacionamento, adianta De Cesaro. Aliás, as vagas para os clientes deixarem os veículos são uma das vantagens que pautaram a negociação.   
"A loja atende duas necessidades do grupo: espaço amplo interno e estacionamento digno do tamanho da loja. Não adianta ter loja e não ter estacionamento. Atinge exatamente a necessidade de um equipamento completo", descreve o supermercadista. "Vamos fazer uma loja moderna. É copiar e colar o que tem nas nossas lojas novas", associa o presidente do grupo. O prédio terá de ter uma reforma bem profunda, avisa ele.  
Sobre a expectativa de moradores em ter de volta a operação, De Cesaro comenta que isso acontece muito com supermercados que estão na "zona primária", aquelas com muita densidade de residentes no raio de influência do varejo.
"Quando sai a loja, as pessoas sentem, pois ela é prática, resolve o dia a dia e está perto", elenca o empresário, lembrando que a unidade marcou época como bandeira Moby Center, antes de virar Nacional, com mais de 40 anos de operação no endereço. "O ponto foi consolidado como supermercado", resume De Cesaro.   

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