Com dificuldades de fazer as entregas no Rio Grande do Sul em áreas atingidas pelas cheias - o que deve continuar ainda por um tempo -, o Correios vai instalar os chamados lockers (armários) para acesso a encomendas e correspondências. Os armários devem começar a funcionar na semana que vem, segundo a empresa pública.
O Correios informa ainda que está entregando 70% das encomendas no Estado, percentual que chegou a ser de 30% no auge da inundação.
Os lockers ainda não são usados no Rio Grande do Sul. Os equipamentos devem ser instalados em Porto Alegre e na Região Metropolitana, adianta a empresa. Dez armários estão sendo trazidos de São Paulo e do Rio de Janeiro. A opção deve estar disponível na próxima semana, projeta a estatal, em nota.
Para o varejo, a alternativa será muito importante. Muitas empresas buscaram o canal digital para compensar restrições e até a falta do ponto físico (para negócios paralisados pelas cheias). Os varejistas relatam dificuldades para enviar compras a clientes.
A empresa explica ainda que estuda mais alternativas de entrega nas áreas atingidas pelas chuvas. "Uma das possibilidades é a implantação da retirada de encomendas nas agências nos locais em que ainda não é possível realizar a entrega em domicílio em razão dos alagamentos", acena a empresa.
Para saber onde está a encomenda, as pessoas deverão verificar no Sistema de Rastreamento dos Correios. Este já é o sistema usado normalmente para saber a localização do item e chegada esperada. Para mais informações, as pessoas podem ligar para 3003-0100 (capitais e regiões metropolitanas) e 0800 725 7282 (demais localidades) ou pelo Fale Conosco (www.correios.com.br).
Lockers ganham força pós-pandemia de Covid-19
Os armários se multiplicaram, principalmente após a pandemia de Covid-19, junto com a explosão das compras online. Muitas varejistas adotam os armários para clientes retirarem os produtos nas lojas físicas.
Também gigantes de e-commerce, como Amazon, têm este tipo de equipamentos em pontos de terceiros e até condomínios residenciais. A ideia é posicionar os lockers onde haja grande circulação de pessoas e fácil acesso (como local onde o cliente reside).
Nos Estados Unidos, os lockers foram incorporados à vida dos moradores das cidades. A Amazon tem, por exemplo, em lojas do supermercado Wholefoods, que é da companhia, e onde é possível tanto retirar como enviar encomendas, os packages (pacotes).