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Patrícia Comunello

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Publicada em 04 de Dezembro de 2023 às 19:09

Economia do RS deve crescer mais que a do Brasil em 2024, aposta Fecomércio-RS

"Nosso transatlântico (economia), continua andando bem. Espero manter o rumo", diz Bohn

"Nosso transatlântico (economia), continua andando bem. Espero manter o rumo", diz Bohn

TÂNIA MEINERZ/JC
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A economia do Rio Grande do Sul deve ir melhor que a do Brasil em 2024, aposta a Fecomércio-RS, que reúne atacado, varejo e serviços do Estado. No balanço da atividade deste ano nos setores e da macroeconomia e projeção para o próximo ano, a entidade sinalizou que o Produto Interno Bruto (PIB) gaúcho deve crescer 3,5% e o do Brasil, 2,2%, no ano que vem.
A economia do Rio Grande do Sul deve ir melhor que a do Brasil em 2024, aposta a Fecomércio-RS, que reúne atacado, varejo e serviços do Estado. No balanço da atividade deste ano nos setores e da macroeconomia e projeção para o próximo ano, a entidade sinalizou que o Produto Interno Bruto (PIB) gaúcho deve crescer 3,5% e o do Brasil, 2,2%, no ano que vem.
Na temporada de cenários para o próximo ano, a Fecomércio-RS foi com menos sede ao porte sobre a economia gaúcha e com mais otimismo no PIB brasileiro frente à estimativa da Federação das Indústrias do RS (Fiergs), divulgada na semana passada. A Fiergs projetou alta de 4,7% na economia regional e de 1,5% na cena nacional.
"Vamos esperar a Farsul (Federação da Agricultura do RS) para ver como fica, porque ela domina o tema do agro", acautela-se o consultor econômico da Fecomércio-RS, o economista Marcelo Portugal.
A ponderação de Portugal tem um bom motivo. A diferença de desempenho gaúcho será decidida pelo impacto de uma safra de grãos, que deve se recompor, após três anos de queda em função da estiagem, explica o consultor econômico. Mesma lógica sustentada no prognóstico da federação das indústrias.  
Para inflação, a entidade espera 4,2%, mais baixa que em 2023, mas que não recua mais por questões estruturais ou mesmo peso da Selic, que pode recuar até 9,75% no fim de 2024, diz a federação. A expectativa sobre como vai ser o comportamento dos gastos públicos, com a nova regra fiscal, é a dúvida, sinaliza Portugal. "O problema é que se parou de fazer reformas", associa o economista.
"Vai ser um ano morno, não vamos melhorar muito em 2024", avalia Portugal, citando que a inflação cai, mas nem tanto, mas emprego e renda manterão a elevação. O PiB crescerá menos, diz o consultor. 
Para o varejo, Portugal aposta em crescimento sob efeito de renda, inadimplência mais controlada e maior oferta de crédito. "O comércio perdeu espaço para os serviços em 2023, mas esperamos mais equilíbrio na distribuição dos gastos em 2024. Var ser mais parelho entre comércio e serviços", aposta Portugal.      
Sobre 2023, o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, avaliou que foi ano que está terminando melhor do que se esperava.
"Nosso transatlântico (economia), continua andando bem. Espero que consigamos manter o rumo", acalenta Bohn, indicando que muito do retrospecto do ano vieram de reformas passadas, como a trabalhista e Previdência, e das privatizações anteriores ao atual governo. 
No balanço do ano que termina em 31 de dezembro, o consultor econômico define como "muito bom", listando o maior controle da inflação. Portugal cita que o País saiu de elevação de 5,8% nos preços pelo IPCA, em 2022, para fechar 2023 perto de 4,5%.
"É bom lembrar que 2022 foi de desoneração tributária e este ano de reoneração. Sem a desoneração, o índice do ano passado seria de 8,5%", ressalta o economista, elencando ainda outros indicadores positivos, do aumento do emprego - com saldo esperado de 1,5 milhão de vagas -, da massa de rendimentos e do PIB, com média de 1,5% em oito trimestres.
A expectativa é de que o PIB do Brasil suba perto de 3% em 2023, devido às condições verificadas no primeiro semestre. "O segundo semestre não está tão bom. O primeiro garantiu o desempenho", conclui Portugal. 
Fecomércio-RS e projeção dos indicadores para 2024:
  • PIB do Brasil: 2,2%
  • PIB do RS: 3,5%
  • Inflação (IPCA): 4,2%
  • Selic (taxa básica): 9,75% ao ano
  • Dólar: R$ 5,15
  • Vendas do comércio: 3%
  • Vendas de serviços: 2,7%  

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