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Mercado Digital

- Publicada em 10 de Julho de 2019 às 20:02

Os líderes não podem se acomodar, adverte Randon

Randon diz que é possível conectar gestão mais tradicional ao pensamento exponencial das startups

Randon diz que é possível conectar gestão mais tradicional ao pensamento exponencial das startups


Thiago Machado/Arte JC
Patricia Knebel
Para as empresas tradicionais assumirem as mudanças que precisam ser feitas neste cenário de transformação que vivemos, é inevitável deixar para trás algumas certezas absolutas. Esse é o primeiro passo para entender que o mundo atual é sobre dialogar, colaborar, perceber que ninguém mais tem o controle da informação, e que as decisões precisam ser tomadas em conjunto.
Para as empresas tradicionais assumirem as mudanças que precisam ser feitas neste cenário de transformação que vivemos, é inevitável deixar para trás algumas certezas absolutas. Esse é o primeiro passo para entender que o mundo atual é sobre dialogar, colaborar, perceber que ninguém mais tem o controle da informação, e que as decisões precisam ser tomadas em conjunto.
“Precisamos de menos concorrência e mais colaboração. Hoje, quando se fala em uma nova ideia, a primeira preocupação costuma ser quem vai aparecer, quem será o dono dela, e não se o projeto vai andar. Temos que mudar o pensamento”, sugere o CEO das Empresas Randon, Daniel Randon, personagem da Série Mentes Transformadoras.
À frente de uma das companhias mais tradicionais e bem-sucedidas do Brasil, o executivo diz que essa mudança de mindset precisa acontecer rapidamente, já que a velocidade do mundo hoje é a das tecnologias exponenciais. O que levava cinco anos para acontecer antes, agora se realiza em dois. “As empresas sempre passaram por processos de tomar riscos e inovar, mas muitas vezes empreendiam no início e depois se acomodavam. Hoje em dia, isso não pode mais acontecer. Se ficarmos parados, o trem vai passar por cima”, alerta.
> Assista ao vídeo com a íntegra das opiniões de Daniel Randon
Para ele, quando se pensa da gestão e nesta conexão do mundo tradicional e do novo, o caminho a seguir pode ser o do modelo ambidestro, reunindo a visão linear e cartesiana ao pensamento exponencial das startups e dos novos modelos de negócio.
É o que tem feito a Randon dentro do seu próprio processo de transformação. A companhia trouxe novos executivos e passou a realizar workshops com representantes deste novo mundo para sensibilizar as suas principais lideranças. Entre os desafios diários desta caminhada está o de mostrar que as startups não vão necessariamente acabar com os negócios tradicionais, e que podem ser um potencial parceiro para promover uma disrupção.
Também é importante vencer o medo natural em todo processo de mudança de perder poder ou controle. “Precisamos trabalhar as pessoas e fazê-las entender que as decisões não estão mais nas mãos delas, mas que no fim das contas ganhamos todos com os processos que trazem mais agilidade e escalabilidade”, analisa Daniel.
Gostou da série Mentes Transformadoras e não quer perder nenhum episódio?
A companhia decidiu exercitar isso na prática com a adoção de uma ferramenta de recrutamento desenvolvida em conjunto com uma startup. A meta do projeto era melhorar o modelo atual e não depender somente das agências de contratação. Em um ano, a empresa teve de 50 mil currículos recebidos e o tempo entre o líder solicitar a vaga e o candidato ser selecionado caiu 50%.
Mais do que a simples adoção de uma nova ferramenta, esse projeto funcionou como uma verdadeira experiência sobre os quais os processos que a Randon precisaria rever poder trabalhar junto as startups. “Temos uma área de compliance e governança e, na hora de efetivar a contratação de uma jovem empresa, ainda sem histórico de vendas, apareceram as dificuldades. Isso nos fez rever todo modelo e pensar em um conceito diferente do que vínhamos fazendo até então”, exemplifica.
> Ouça o podcast com Daniel Randon
Daniel comenta que nesse processo de evolução que está sendo trilhado pela Randon, o que a empresa não vai perder são os atributos que a trouxeram até aqui, como a preocupação com a qualidade, com as pessoas e com os clientes. 
“As diferenças de pensamentos existem, mas vamos sempre incentivar as lideranças a trazer ideias propositivas, inovadoras e, principalmente, disruptivas. O que não dá é, na hora de efetivar as mudanças, recuar”, conclui.

Quem são as 11 Mentes Transformadoras:

  Jorge Gerdau Johannpeter, empresário 
  Pedro Englert, CEO da StartSe 
  Jorge Audy, superintendente de Inovação e Desenvolvimento da Pucrs 
  Mônica Timm, CEO da plataforma de leitura Elefante Letrado 
  José Renato Hopf, fundador e CEO 4all 
  Cesar Leite, fundador e CEO Grupo Processor 
  Daniel Randon, CEO das Empresas Randon 
  Tito Gusmão, CEO da corretora digital Warren
  Luís Lamb, pesquisador em Inteligência Artificial e secretário de Inovação, Ciência Tecnologia do Rio Grande do Sul
  Susana Kakuta, diretora do Tecnosinos
  Guilherme Braga, cofundador e CEO da Egalitê Recursos Humanos Especiais
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