O custo do frete por quilômetro chegou a R$ 6,50 em novembro de 2024, e especialistas projetam uma tendência de alta contínua para 2025. De acordo com um levantamento da DataFrete, soluções de automação para criação de rotas, controle de entregas e gestão do transporte podem reduzir em até 30% os custos de frete.
Com um aumento de 3,85% no preço do diesel em 2024, um dos insumos que impacta diretamente o custo do frete, a situação é especialmente crítica para o modal rodoviário, que responde por mais da metade do transporte de cargas no Brasil. Como resultado, o custo do frete por quilômetro no País alcançou
R$ 6,50 em novembro do ano passado, com previsão de aumento para 2025.
R$ 6,50 em novembro do ano passado, com previsão de aumento para 2025.
Nesse cenário, a tecnologia se destaca como uma ferramenta estratégica para empresas que buscam minimizar o impacto do aumento dos custos e garantir maior eficiência em suas operações logísticas. Soluções de gestão logística auxiliam as empresas na contratação de fornecedores, criação de rotas estratégicas e acompanhamento em tempo real das entregas. Além disso, a auditoria automatizada de cobranças de notas de transporte pode reduzir os custos de frete em até 30%, segundo levantamento da DataFrete, empresa especializada em soluções para gestão logística.
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"O controle rigoroso dos processos, aliado à otimização de rotas, tornou-se essencial para a competitividade dos negócios", destaca Marcelo Martins, CEO da DataFrete. "Esse controle reflete diretamente nos custos das empresas e, consequentemente, no preço final dos produtos ao consumidor. A logística brasileira enfrenta desafios históricos, como infraestrutura deficiente, custo elevado de combustíveis e falta de integração entre os modais de transporte. Plataformas tecnológicas permitem o planejamento otimizado de rotas, evitando trajetos ociosos e diminuindo o consumo de combustível, além de integrar pedidos, transportadoras e pagamentos, reduzindo erros operacionais e custos administrativos."
O cenário para os próximos anos aponta para uma crescente digitalização do setor logístico, com a adoção em larga escala de tecnologias como a da DataFrete. Atualmente, o custo logístico no Brasil representa 13,7% do PIB, enquanto nos Estados Unidos este número não ultrapassa 8%. Além disso, quase 70% das estradas brasileiras estão em condições consideradas ruins. "Sem um monitoramento eficiente da logística, escoar a produção de forma lucrativa torna-se um desafio ainda maior, impactando não apenas a agroindústria, mas toda a cadeia de produção e transformação, além do consumidor final", reforça Martins.
Outra recente análise, a do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), apontou que o etanol e a gasolina começaram a primeira quinzena do ano em estabilidade, quando comparados à primeira quinzena de dezembro de 2024, sendo comercializados a R$ 4,48 e R$ 6,21, respectivamente. Já as médias registradas para ambos os tipos de diesel aumentaram. O diesel comum foi encontrado a R$6,05, aumento de 0,83%, e o tipo S-10 a R$6,11, o que representa alta de 0,33%. Ainda assim, o Sul ainda comercializa o diesel mais barato do País.
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"O aumento no preço do diesel não foi exclusivo da região Sul. O que chama mais atenção é a estabilidade registrada nos preços do etanol e da gasolina, já que a alta para os combustíveis é uma tendência nacional. A região foi a única do País a não apresentar alta no preço do etanol, além de também não ter registrado aumento para a gasolina, assim como a região Norte. Diante desse cenário, o IPTL apontou que o etanol é financeiramente mais vantajoso, em comparação com a gasolina, no Paraná e em Santa Catarina. Além disso, é importante ressaltar que o biocombustível, por sua composição e forma de produção, emite menos poluentes na atmosfera, contribuindo para uma mobilidade de baixo carbono", destaca Douglas Pina, diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil.
O IPTL é um índice de preços de combustíveis levantado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Edenred Ticket Log, com uma robusta estrutura de data science que consolida o comportamento de preços das transações nos postos, trazendo uma média precisa, que tem grande confiabilidade, por causa da quantidade de veículos administrados pela marca: mais de 1 milhão, com uma média de oito transações por segundo.