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Publicada em 18 de Setembro de 2025 às 18:37

Presidente da Invest RS, Prikladnicki destaca atração de investimentos e talentos

Rafael Prikladnicki citou o volume de R$ 100 bilhões de investimentos anunciados ou realizados no RS em 2024

Rafael Prikladnicki citou o volume de R$ 100 bilhões de investimentos anunciados ou realizados no RS em 2024

TÂNIA MEINERZ/JC
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Ana Stobbe
Ana Stobbe Repórter
O desenvolvimento econômico gaúcho foi um dos principais pontos que nortearam o evento Buy RS, realizado no dia 9 de setembro, no Instituto Ling, para debater a economia do Rio Grande do Sul. O primeiro painel do evento teve justamente esse enfoque: o de apontar o potencial do Estado e os setores estratégicos para atingi-lo.
O desenvolvimento econômico gaúcho foi um dos principais pontos que nortearam o evento Buy RS, realizado no dia 9 de setembro, no Instituto Ling, para debater a economia do Rio Grande do Sul. O primeiro painel do evento teve justamente esse enfoque: o de apontar o potencial do Estado e os setores estratégicos para atingi-lo.
Mediada pelo sócio da Apex Partners Ricardo Frizera, a conversa teve como convidados o presidente e fundador da Apex, Fernando Cinelli, o presidente da Invest RS, Rafael Prikladnicki, e o diretor-geral da Apex, Pedro de Cesaro. Todos eles reconheceram o Rio Grande do Sul como um estado potente para a atração de investimentos e pontuaram as possibilidades de alavancar essa potencialidade.
Prikladnicki, por exemplo, relembrou o aporte histórico de R$ 24 bilhões anunciado pela CMPC no Estado em 2024 e sua contribuição dentro dos R$ 100 bilhões em investimentos em solo gaúcho mapeados pelo Anuário de Investimentos do Jornal do Comércio no ano passado — o maior valor já registrado no Rio Grande do Sul. Além disso, ele exaltou os R$ 70 bilhões já somados pelo painel Investômetro do JC até o momento.
"Não sei se chegaremos aos R$ 100 bilhões neste ano, mas estamos, obviamente, trabalhando para não apenas chegar, como ultrapassar este valor, fazendo com que cada ano seja melhor que o anterior. Mas (o valor atual do investômetro) é um dado positivo", analisou Prikladnicki.
Além disso, ele destacou a oportunidade de atração de migrantes para o Rio Grande do Sul. Principalmente, diante da inversão da pirâmide demográfica, que indica uma tendência de queda populacional no Estado nos próximos anos em virtude da baixa taxa de fecundidade gaúcha — índice que mede a média de filhos por mulher em uma determinada população.
"A gente fez um trocadilho com a palavra vir, de que as pessoas podem 'VIR' para o Rio Grande do Sul. V de visitar, I de investir, e R de residir. Porque acreditamos que não é somente atrair investimentos, o Estado tem potencial para atrair moradores", destacou Prikladnicki.
Cinelli, em consonância, pontuou a competitividade gaúcha em virtude do que considera uma boa atuação da máquina pública na busca pela ampliação na captação de aportes. Mas, para ele, embora o cenário esteja favorável, é possível expandi-lo principalmente a partir da aposta na verticalização na produção agrícola, uma das principais matrizes produtivas do Estado.
"Quando a gente olha para o tamanho do PIB de toda a cadeia do agronegócio gaúcho, vemos que ele é forte, mas pode ser mais verticalizado do que é. Temos que debater uma construção de atratividade para poder fazer isso e para termos uma maior agregação de valores no nosso PIB do Estado. Porque esses valores que não estão sendo feitos aqui, são feitos em outro lugar", analisou o executivo da Apex.
De Cesaro destacou as oportunidades em outras frentes: o turismo e o investimento em serviços. "Temos um case gigantesco em Gramado e, na área de saúde, um exemplo é em Porto Alegre, onde temos um dos melhores hospitais do mundo", acrescentou.
Para ele, um ponto positivo recente no desenvolvimento econômico foi a ampliação das parcerias público-privadas (PPPs) e privatizações no Estado. "Acho que era um tabu que está sendo superado", avaliou.
Os painelistas também concordaram quanto à principal dificuldade enfrentada hoje para o desenvolvimento do Estado: a logística. O tema, puxado por Cesaro, gerou um acordo entre os painelistas, que também consideraram o entrave uma potencialidade na atração de investimentos ao Rio Grande do Sul.
"Nas enchentes a gente viu que a gente pode implementar mais ainda essa questão da infraestrutura, eu sou natural de Caxias do Sul, e a Região da Serra é fortíssima na indústria, mas hoje tem um problema logístico. Então, há oportunidades de concessões, privatizações e PPPs para modernizar o Estado", destacou De Cesaro.

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