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Opinião

- Publicada em 11 de Dezembro de 2019 às 17:47

Morte de um professor e escritor

Por causa do Face, descobri uma professora que tive na faculdade de Letras Inglês na Universidade La Salle, de Canoas, Valéria Brisolara, e ela me avisou da morte do professor doutor e escritor Cícero Galeno Lopes, paraninfo da minha turma de professores de Inglês, Português e Literatura, isso no longínquo janeiro de 1999. E logo me veio à mente uma frase que o culto professor nos falou no seu discurso de paraninfo: que, durante anos e até aquele momento, nunca um estudante do La Salle tinha conseguido ingressar num mestrado de Letras na UFRGS, mas aquela turma contava com o primeiro. Chorei um oceano de lágrimas por isso.
Por causa do Face, descobri uma professora que tive na faculdade de Letras Inglês na Universidade La Salle, de Canoas, Valéria Brisolara, e ela me avisou da morte do professor doutor e escritor Cícero Galeno Lopes, paraninfo da minha turma de professores de Inglês, Português e Literatura, isso no longínquo janeiro de 1999. E logo me veio à mente uma frase que o culto professor nos falou no seu discurso de paraninfo: que, durante anos e até aquele momento, nunca um estudante do La Salle tinha conseguido ingressar num mestrado de Letras na UFRGS, mas aquela turma contava com o primeiro. Chorei um oceano de lágrimas por isso.
E muitas outras lembranças voltaram. Como escrevo crítica literária em jornal desde 1990, foi Cícero Galeno Lopes quem me ensinou que não era necessário emitir opinião sobre o escritor estudado, bastava descrever suas estratégias de discurso e suas técnicas de produção. Tal frase me livrou de inúmeras enrascadas, porque recebo convites para escrever livros de todos os lugares, e alguns autores que preciso analisar não são, digamos, um Machado de Assis ou mesmo um Cícero Galeno Lopes. Assim, se não preciso classificá-lo, não há problema de escrever sobre qualquer um.
Recordo que Cícero Galeno Lopes (e repito o nome completo, para usar um procedimento de Mario de Andrade em Aspectos de Literatura Brasileira, de 1943) não gostava de fazer provas tradicionais; sempre pedia uma resenha e a apresentação em um seminário. Isso era muito bom para mim, porque sempre tive uma absurda facilidade para escrever, que fui aprimorando nessas três décadas de crítica literária.
Consta na sua biografia na internet que Cícero Galeno Lopes publicou três livros de contos: “Conto e ponto (1999), A curva da estrada (2000) e A viagem (2005). Organizou e participou da organização de Memória e cultura: Perspectivas Transdisciplinares (2009); Identidades e estéticas compósitas (1999); Textos e personagens: estudos de literatura brasileira (1995). Sua primeira obra publicada em livro é de 1977, Compreender e interpretar textos, didática.”
Valéria Brisolara também me revelou que outros professores importantes do La Salle dos anos de 1990 também faleceram: José Fernando Miranda e Clarice Menagat. Sorte que o melhor professor de inglês que já tive - o Irmão lassalista Blásio Hillebrand - e a própria Valéria Brisolara ainda estão vivos.
Mestre em Letras pela Ufrgs
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