Prática promete alcance de objetivos e vira alternativa de carreira para profissionais das mais diversas áreas

Coaching para quem?


Prática promete alcance de objetivos e vira alternativa de carreira para profissionais das mais diversas áreas

Inegavelmente, hoje em dia a palavra "coaching" está na moda. A começar pela proliferação de coaches (do inglês "treinador", pessoa que instrui) para tudo que é coisa. Desde carreira, família, nutrição, estudos e a vida em si mesma. No entanto, muita gente não entende na prática do que se trata, e acaba confundindo com acompanhamento psicológico. Definitivamente, não é isso.
Inegavelmente, hoje em dia a palavra "coaching" está na moda. A começar pela proliferação de coaches (do inglês "treinador", pessoa que instrui) para tudo que é coisa. Desde carreira, família, nutrição, estudos e a vida em si mesma. No entanto, muita gente não entende na prática do que se trata, e acaba confundindo com acompanhamento psicológico. Definitivamente, não é isso.
"O coaching é um processo de desenvolvimento pessoal e profissional baseado numa metodologia de aceleração de resultados", resume a psicóloga Deise Nicola, 50 anos. Apaixonada por desenvolvimento de pessoas, ela mergulhou no assunto e acabou criando, em Porto Alegre, uma formação para profissionais que querem se tornar coaches.
O diferencial do ofício de coach é que qualquer pessoa pode se tornar um. No curso de Coaching Cognitivo Comportamental gerido por Deise, por exemplo, o único requisito é ter Ensino Superior, em qualquer área.
Com aulas uma vez por semana, durante três meses, e investimento de R$ 4,9 mil, o profissional sai habilitado a orientar outras pessoas a atingir objetivos. É importante ressaltar que o coaching se trata de um treinamento voltado para a população não clínica, ou seja, sem patologias psicológicas.
Deise acredita que a proliferação de interessados em atuar no ramo se deve à impressão de as pessoas estarem mais abertas do que nunca para buscar ajuda na hora de tomar decisões importantes.
"O coach é um facilitador que vai estar junto numa proposta de mudança de mindset. E existe, hoje, uma necessidade maior de identificação e realização com o que se faz", pontua.
Para não cair em furada, no entanto, é preciso prestar atenção na densidade dos conteúdos e no currículo de seus ministrantes, ao buscar essa qualificação.
A abordagem do curso dela, por exemplo, é baseada no bloqueio das crenças limitantes e na inteligência emocional, com fundamentos como neurociência e a própria psicologia.
"O coach tem que entender muito sobre processos de mudança do ser humano." É o que se pressupõe que irá acontecer a respeito do objetivo traçado, ao longo dos 10 ou 12 encontros realizados.
Não por acaso, o principal público de Deise enquanto coach são os concurseiros e empreendedores.
"Montar uma empresa, neste caso, é um processo de autoconhecimento. Que vai desde o desbloqueio de crenças pessoais até o desenvolvimento da marca", explica.
"Carreira é algo que, em vários momentos do ciclo vital, é preciso rever. As pessoas, normalmente, procuram o coach quando começam a pensar criticamente a vida, quando querem algo a mais", dimensiona.
>> Contato da profissional: (51) 99725-5868.

Para se fazer ouvir

Maestrina e professora de música por uma vida inteira, com experiência dentro e fora do Brasil, Gilia Gerling, 66 anos, se encontrou no processo de Voice Coaching. Ela atua na dificuldade das pessoas em falar em público e na recuperação de sequelas no campo cerebral da fala, comum a vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC).
"O regente de coral e orquestra é um treinador. Quando se trabalha com 120 pessoas num coral, tem que conseguir tocar a alma delas", considera. Foi com toda essa experiência que ela chegou ao coaching vocal, dando auxílio a atores, médicos, estudantes, advogados. "Não é fonoaudiologia. Trabalhamos as emoções, em identificar o que está fazendo prender a fala", explica. No caso de sequelas na fala, ela age em mostrar que mesmo que a pessoa tenha mudado o timbre da voz, ela permanece a mesma, com as mesmas qualidades e conhecimento.
Boa parte dos atendimentos acontecem no andar de cima do apartamento onde mora, dedicado ao universo particular de Gilia, em meio aos livros, instrumentos musicais, o apreço por Fernando Pessoa, pelos Beatles, e o terraço com uma pequena piscina. "Me sinto plena na minha existência e na minha missão de vida, ao puxar para fora as qualidades das pessoas", conta. Quando alguém chega muito ansioso, ela se permite tocar um pouco o piano para apaziguar o clima.
Difundido especialmente nos Estados Unidos, o Voice Coaching ainda é uma ferramenta pouco explorada no Brasil. O trabalho de Gilia tem gerado exercícios para treinar dicção e expressividade, algo que, no futuro, ela irá compilar em livro.
De igual forma, o Voice Coaching acontece em cerca de 10 encontros, a fim de cumprir um objetivo específico - em voz alta, claro. "Alma é tudo o que tem dentro de você e o que te move. E a pessoa tem que estar calibrada para caminhar", enfatiza.
>> Contato da profissional: (51) 98180-2591.

Para quem quer ajuda on-line

Lucas Bernardi, 24 anos, fundou uma empresa com o pai no ramo de aluguel de máquinas para o agronegócio, cinco anos atrás. A partir disso, precisou desenvolver competências de gestão e desenvolvimento pessoal. Foi através de um processo de coach que ele se abriu para as novas competências: inclusive, se tornar um. "Vi que dava muito resultado e me interessei muito pelo assunto", relata.
O jovem sempre trilhou um caminho de profissional autônomo. Antes disso, era acordeonista profissional. Cursando a faculdade de Agronomia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), ele vê importância nos treinamentos de vendas e posicionamento de marketing para pessoas de áreas técnicas, como um complemento de competências. "Senti necessidade de levar o conhecimento adiante", diz.
Segundo ele, existem dificuldades que os profissionais não precisam passar, e o coach pode encurtar o caminho. O diferencial é que ele faz as 10 sessões de coaching pessoal e profissional 100% on-line, uma hora por semana. O jovem projetou este formato já para poder oferecer os seus serviços para todo o Brasil. "Temos que aprender com os erros dos outros, porque não vamos viver o suficiente para cometer todos", salienta ele, que dá detalhes sobre seus cursos no Instagram @lucasbernardi_coach.
 

Para comer bem e com total atenção

Há quem desconte suas inseguranças na comida, exagerando para mais ou para menos em momentos críticos. Formada em Nutrição, Roberta Schneider, 38 anos, de Porto Alegre, usa os processos de Coaching Cognitivo Comportamental para promover uma alimentação mais saudável. Seu trabalho se baseia no conceito de mindful eating.
"Abordo a questão da atenção plena ao ato de comer, de se autoconhecer, dando ênfase à relação corpo, saúde e alimentação", detalha ela, que foi aluna de Deise. Roberta diz que é preciso sair do piloto automático e prestar atenção no que o corpo está dizendo na hora das refeições.
"Vivemos correndo, atrasados e com tanta pressa que até esquecemos de nos reconectar com nós mesmos. A alimentação envolve aspectos culturais, afeto e memória. Aquele cheirinho do bolo de milho quentinho que minha mãe faz me remete a coisas boas, por exemplo. E isso fica registrado, com associações como amor, aconchego, carinho. A comida que comemos diz muito daquilo que somos", esclarece ela.
O resultado do coaching desenvolvido por Roberta foca na atenção, em saber identificar a diferença entre fome e gula. Consequentemente, a profissional garante que seus clientes criam hábitos melhores e conquistam seus objetivos alimentares, num processo que dura de 10 a 12 sessões.
"Faço as pessoas refletirem sobre rotinas, piloto automático e assim, aos poucos, elas vão se dando conta que precisam mudar, naturalmente. Levar em consideração como comemos e o que sentimos quando comemos é fundamental, tão importante quanto os valores nutricionais de cada alimento", aponta. 
>> Contato da profissional: 98411-8121.