Na audiência, o procurador destacado para a fase de apelação vai encaminhar ao tribunal as suas conclusões, que serão analisadas por três juízes, como é praxe no sistema judiciário italiano. Os magistrados decidirão se aceitam ou não as argumentações da defesa.
De acordo com as investigações, Robinho e cinco amigos teriam estuprado uma jovem albanesa em um camarim da boate milanesa Sio Café, onde ela comemorava o seu aniversário. O caso aconteceu em 22 de janeiro de 2013, quando o atleta defendia o Milan, e ele foi condenado em primeira instância em dezembro de 2017. Os outros suspeitos deixaram a Itália ao longo da investigação e, por isso, a participação deles no ato é alvo de outro processo.
Os advogados de Robinho afirmam que o atleta não cometeu o crime do qual é acusado e alegam que houve um "equívoco de interpretação" em relação a
conversas interceptadas com autorização judicial, pois alguns diálogos não teriam sido traduzidos de forma correta para o idioma italiano. Os defensores de Falco também dizem que seu cliente é inocente, mas pedem a aplicação mínima da pena caso haja condenação.
Franco Moretti, defensor de Robinho na Itália, reforçou que seu cliente é inocente e disse que não pretende antecipar o conteúdo da defesa. O jogador afirmou que toda a relação que teve com a denunciante foi consensual e ressaltou que
seu único arrependimento foi ter sido infiel à sua mulher.
O advogado da vítima, Jacopo Gnocchi, revelou que ela poderia ter solicitado o pagamento de cerca de R$ 400 mil por danos morais, mas optou por aguardar o andamento do processo. Na sua visão, o tribunal de Milão que condenou Robinho fez uma análise correta do caso. Ele espera que a sentença seja confirmada. "A questão nunca foi financeira, ela está em busca de justiça", declarou Gnocchi. A mulher, atualmente com 30 anos, deve comparecer à audiência.