Anunciado no sábado como reforço pelo Santos, Robinho já movimenta o clube. A contratação do atacante, criticada por causa da sua
condenação por violência sexual na Itália, recebeu a aprovação do técnico Cuca e do elenco.
"Estava na Vila, recebi a notícia. Seja bem-vindo. Espero que nos ajude muito, dentro e fora de campo. Pessoa de caráter maravilhoso. Sem dúvida alguma vai nos ajudar. Ainda não pensei em como utilizar. Ele tem que ter condições de jogo primeiro. Depois a gente vê o que é melhor", afirmou o técnico.
Cuca não foi o único santista a se manifestar favoravelmente a Robinho. Autor dos dois gols do time na partida de domingo, Marinho comemorou ambos dando "pedaladas", em uma referência ao lance que o agora companheiro eternizou na história do clube, na conquista do título do Campeonato Brasileiro de 2002. E foi acompanhado no gesto por outros jogadores.
O próprio Santos fez questão de exibir jogadores aprovando a chegada de Robinho, incluindo o uruguaio Carlos Sánchez, que liberou a camisa 7 para o atacante. "Falar dele e não lembrar do título do Brasileiro de 2002, por tudo o que representou, é impossível. Foi uma conquista histórica", afirmou o goleiro João Paulo.
O anúncio da contratação de Robinho, porém, provocou protestos imediatos nas redes sociais, com a lembrança de que em 2017 ele foi condenado a nove anos de prisão por violência sexual na Itália - naquele momento, defendia o Atlético-MG. De acordo com a sentença, o crime ocorreu em 22 de janeiro de 2013, envolveu outros cinco homens, com a vítima sendo de origem albanesa.
Para iniciar a sua quarta passagem pelo Santos, Robinho assinou um acordo válido por apenas cinco meses. Nesse período, ele receberá um salário mensal simbólico de R$ 1.500,00. Caso complete dez jogos, o atleta terá direito a bonificação de R$ 300 mil, com mais R$ 300 mil depois de 15 partidas - valores que seriam pagos apenas ao fim do vínculo.