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Economia

- Publicada em 24 de Fevereiro de 2021 às 11:23

GM dará férias coletivas e colocará 1 mil trabalhadores em lay-off em Gravataí

Sindicato diz que suspensão de contratos ocorre por falta de componentes para produção

Sindicato diz que suspensão de contratos ocorre por falta de componentes para produção


PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
Thiago Copetti
Com falta de insumos para manter a normalidade de suas linhas de produção, a GM fará férias coletivas em Gravataí, em março, e depois deve colocar cerca de 1 mil trabalhadores da unidade em sistema de lay-off, segundo o  o Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí (Sinmgra) e a prefeitura da cidade. O lay-off inicialmente está projetado, segundo o Sindicato, para durar entre 60 e 120 dias, a partir de abril, depois de férias coletivas. Ao todo a fábrica emprega cerca de 2 mil pessoas.
Com falta de insumos para manter a normalidade de suas linhas de produção, a GM fará férias coletivas em Gravataí, em março, e depois deve colocar cerca de 1 mil trabalhadores da unidade em sistema de lay-off, segundo o  o Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí (Sinmgra) e a prefeitura da cidade. O lay-off inicialmente está projetado, segundo o Sindicato, para durar entre 60 e 120 dias, a partir de abril, depois de férias coletivas. Ao todo a fábrica emprega cerca de 2 mil pessoas.
Duas centenas de trabalhadores que já estão com contratos suspensos desde o primeiro semestre de 2020 também seguirão neste sistema, de acordo com o Sinmgra. O lay-off na GM foi adotado pela primeira vez em abril do ano passado, foi renovado em agosto e agora ampliado. De acordo com trabalhadores faltam peças, assim com em outros setores, para manter as operações plenas nas linhas de produção.
“Em abril a fábrica deve começar a operar com apenas um turno. Hoje, são dois. De acordo com a empresa a suspensão e ampliação do lay-off ocorre devido a falta de componentes”, explica Márcia Teroza Ramos, diretora de saúde do Sinmgra.
Márcia, que também é funcionária da empresa e que já está em lay-off, diz que o maior dano para os empregados é a insegurança, mas avalia que a suspensão temporária dos contratos é melhor do que demissões. Com mais este afastamento a representante do sindicato estima que apenas 1 mil trabalhadores seguirão com contratos regulares.
“Trabalham na unidade cerca de 2 mil pessoas, hoje. Com o lay-off ao menos se recebe o seguro-desemprego e curso de qualificação. Sem essa opção haveria demissão em massa”, pondera Márcia.
O cenário é de preocupação na cidade, diz o prefeito Luiz Zaffalon (MDB), que conversou com a direção da multinacional na manhã desta quarta-feira.
"Fui informado pela diretoria que há um sério problema com o fornecimento de semicondutores e outras peças. A expectativa que deles é conseguir regularizar isso em final de abril. Hoje, o estoque seria suficente para manter apenas um turno", relata Zaffalon.
O impacto na economia de Gravataí como um todo é certo, alerta o prefeito, tanto pelos moradores que deixam de consumir, temendo pelo futuro, quanto pelo reflexo direto. A montadora responde por 40% da arrecadação de ICMS. A parada deve afetar também os muitos sistemas que fornecem componentes para a multinacional e que empregam outros cerca de 2 mil trabalhadores, estima Zaffalon. 
"A GM representa cerca de 20% da movimentação da economia da cidade como um todo. O reflexo se dá em todo o município", assegura o prefeito.
Procurada, a GM informou, em nota, que a cadeia de suprimentos da indústria automotiva na América do Sul tem sido impactada pelas paradas de produção durante a pandemia e pela recuperação do mercado mais rápida do que o esperado. "Isso tem o potencial de afetar de forma temporária e parcial nosso cronograma de produção. Estamos neste momento trabalhando com fornecedores e sindicato para mitigar os impactos gerados por esta situação", afirma a empresa.
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