Tendo de concorrer em um mercado dominado por quatro grandes empresas - as chamadas Big Four -, as Firmas de Auditoria de Pequeno e Médio Porte (Fapmp) também têm como principal dificuldade enfrentar o ambiente tecnológico. O presidente da PP&C Auditores Independentes, Eduardo Camillo Pachikoski, avisa que dispor de ferramentas à altura do que o mercado exige requer investimentos significativos.
Essas empresas têm de transpor tanto o obstáculo de contar com tecnologias de ponta quanto o de atrair pessoas qualificadas. "Para nós, não vai ser fácil. As empresas grandes compartilham as tecnologias, têm contingente de pessoal muito maior e estão em diferentes jurisdições, o que as torna mais capacitadas para lidar com os temas de todo País", destaca Pachikoski. Em compensação, após a adequação e o investimento inicial, "as empresas que conseguirem sobreviver terão vantagem no mercado".
Para Pachikoski, as firmas de todos os tamanhos devem trabalhar juntas para quebrar o paradigma de que a profissão irá acabar. "O contato auditor-cliente nunca vai acabar", projeta. Para continuarem competitivas, as firmas menores, acrescentou o professor ilustre de Sistemas de Informação Contábil na Rutgers Business School, Miklos Vasarhelyi, devem se tornar mais especializadas. "As grandes têm mais capacidade de investimento. As pequenas e médias, por outro lado, têm atributos relevantes, como proximidade", diz Vasarhelyi.