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Not�cia da edi��o impressa de 26/04/2018. Alterada em 25/04 �s 21h17min

Empresas alem�s valorizam conhecimento de profissionais mais experientes

Miss�o de empresas brasileiras foi at� Paderborn visitar a f�brica de autope�as da Benteler

Miss�o de empresas brasileiras foi at� Paderborn visitar a f�brica de autope�as da Benteler


JEFFERSON KLEIN/ESPECIAL/JC
Se a modernização pode gerar um pouco de temor a quem ingressou há muito tempo no mercado de trabalho, quando não existia uma série de ferramentas tecnológicas que se tem hoje, a experiência pode ser um trunfo, pelo menos na Alemanha. Esse foi um exemplo tirado da unidade-sede da empresa Benteler, que tem baixa rotatividade de funcionários que ficam, em média, décadas na companhia.
Se a modernização pode gerar um pouco de temor a quem ingressou há muito tempo no mercado de trabalho, quando não existia uma série de ferramentas tecnológicas que se tem hoje, a experiência pode ser um trunfo, pelo menos na Alemanha. Esse foi um exemplo tirado da unidade-sede da empresa Benteler, que tem baixa rotatividade de funcionários que ficam, em média, décadas na companhia.
O grupo, que está invariavelmente investindo em automação, aproveita seus empregados mais antigos para colher impressões e informações detalhadas de quem "colocou a mão na massa". A missão de empresas brasileiras que está em Hannover fez ontem uma pausa da feira para ir até a cidade de Paderborn (a cerca de 150 quilômetros de distância) e visitar a fábrica de autopeças da Benteler. Somente nesse segmento de atuação, o grupo possui aproximadamente 26 mil funcionários espalhados por 70 plantas, em 34 países, entre os quais o Brasil. A unidade em Paderborn, particularmente, produz sistemas de eixos, estruturas para automóveis, chassis, sistemas completos para montadoras e soluções digitais.
A planta conta com 1,2 mil empregados (coincidentemente, o mesmo número do salário líquido médio - descontando os impostos - desses trabalhadores, € 1,2 mil). Alguns pontos chamaram a atenção durante a visita como, por exemplo, uma mesa redonda, mais alta em relação às normais, sem cadeiras a sua volta, para agilizar reuniões e para discutir a operação do dia ou alguma situação ocorrida no dia anterior.
Outro detalhe foi a visão de um funcionário fumando durante o trabalho, no interior da fábrica. Mesmo sendo proibido, esse comportamento é tolerado. No conceito alemão, o colaborador tem mais autonomia, sendo penhorado a ele, mais diretamente, as consequências das suas ações. O complexo em Benteler possui 25 mil metros quadrados de área e será expandido em mais 4 mil metros quadrados no próximo ano. Na planta é possível observar robôs (no total são 500) exercendo funções como corte e dobramentos de canos de escapamentos de carros. O conceito de Indústria 4.0, com maior grau de automação e digitalização dos processos, começou a ser intensificado na unidade a partir de meados de 2016.
O diretor executivo da Giaco Business Company (GBC), Luiz Carlos Giacomelli, depois de visitar a estrutura, pondera que uma diferença entre empresas automatizadas alemãs e brasileiras é o maior grau de investimento das companhias europeias. "O investimento é superior ao nosso e faz parte do processo de competitividade", reforça o empresário.
Já o diretor da unidade integrada do Sesi-Senai Niquelândia/Barro Alto de Goiás, Thiago Vieira Ferri, considera que o exemplo da Benteler atesta que os profissionais mais experientes serão necessários para colher o conhecimento retido por eles para, após, inserir esses dados em um sistema e lidar da melhor forma com as informações. "Embora possa nos assustar um pouco, em um primeiro momento, será uma grande oportunidade para todos envolvidos", aposta. Ferri admite que o Brasil tem uma cultura de trabalho diferente da europeia, contudo enfatiza que o País tem potencial e pessoas com capacidade.