Houve uma época em que atos como ofender, bater e apelidar os colegas eram considerados brincadeira de criança, mas esse pensamento já está mais do que ultrapassado. A tragédia no Colégio Goyases, local em que um aluno matou a tiros dois colegas e feriu outros quatro, em Goiânia (GO), reacende uma discussão sobre o bullying.
Em outubro, realizamos uma pesquisa com nossos estudantes da rede municipal e constatamos que 63,2% dos entrevistados sofrem ou já sofreram bullying em algum momento da vida. É importante estar atento para distinguir bullying de situações de indisciplina. Em uma situação de bullying evidente, o combate precisa ser imediato. Em geral, a criança ou adolescente que é vítima bullying tem baixa autoestima, perde a vontade de estudar e ir à escola e, muitas vezes, não consegue pedir ajuda. A linha de partida deve ser a prevenção. Por isso, quanto mais a escola estiver preparada para enfrentar o problema, mais efetiva será no seu combate. Entretanto, não se pode colocar nas costas de um educador a responsabilidade única por um problema social e de saúde pública. O bullying acontece dentro de escolas, porém também fora delas, e muitas vezes, dentro da própria casa. Com o maior acesso à internet, as agressões também passaram a acontecer no ambiente virtual, popularmente conhecido como cyberbullying. Bullying não é brincadeira. Bullying não tem graça!
Secretário de Comunicação da prefeitura de Santa Cruz do Sul/RS