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Porto Alegre, segunda-feira, 06 de mar�o de 2017. Atualizado �s 02h00.

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Not�cia da edi��o impressa de 24/02/2017. Alterada em 06/03 �s 02h05min

Resgate � solidariedade

Filme de Jayme Monjardi, O avental rosa foi rodado na Capital

Filme de Jayme Monjardi, O avental rosa foi rodado na Capital


MARIANA CATALANE/DIVULGA��O/JC
Luiza Fritzen
O clima é descontraído no set de filmagens de O avental rosa, novo filme de Jayme Monjardim. Ao som de Dancing days, o elenco se prepara para gravar a cena que visa alegrar e tumultuar o ambiente de uma ala hospitalar, um dos cenários da produção. As gravações do longa, que se encerram na próxima segunda-feira, foram feitas em Porto Alegre, com locações na Associação Cultural Vila Flores e nos hospitais Parque Belém e Moinhos de Vento.
A Capital foi escolhida graças à parceria de Monjardim com a Accorde Filmes, produtora do cineasta Paulo Nascimento, que já dirigiu longas como Em teu nome. "Sempre falamos sobre um dia fazer um trabalho juntos, e eu tinha uma equipe preparada para começar a gravar", afirma Nascimento, que trabalha pela primeira vez como produtor.
Outro fator importante para a escolha da cidade foi a disponibilidade de um hospital que, embora todo equipado, está fechado para atendimentos, caso do Parque Belém. "É o tipo de locação que, para montar, é muito caro, pelos equipamentos e tudo, mas dá uma dor filmar aqui sabendo que tantas pessoas precisam de hospital e este está fechado", conta. Nascimento acredita que a oportunidade de filmar no Estado também valoriza a mão de obra cinematográfica da região. "Para o Rio Grande do Sul, é importante criar esse espaço, mostrar que os profissionais daqui podem atender a essa demanda."
Seguindo o embalo de produzir filmes que transmitem mensagens, como O vendedor de sonhos (2016), Monjardim aposta em uma história capaz de conscientizar o espectador e mudar, de alguma forma, a mentalidade das pessoas.
E é essa a missão de Alice. Viúva e solitária, a protagonista da trama trabalha como cuidadora de pacientes terminais em hospitais públicos e privados. Apesar de maltratada pela vida, a personagem se mostra leve e sorridente, mas vive voltada aos outros e esquece de si.
Com base nessa relação de envolvimento de Alice com os enfermos, a história enlaça a trajetória de vida da cuidadora com a história dos pacientes e busca explorar as trocas entre quem cuida e quem é cuidado, resgatando valores como solidariedade em tempos de individualismo. "O filme fala de humanidade, de amor ao próximo, e Alice representa isso, ela traz isso em sua própria essência", explica a atriz Cyria Coentro, que dá vida à personagem. Para ela, a relação que a protagonista desenvolve com os pacientes é o que a torna mais forte e permite que ela descubra mais sobre si mesma. "No ato de cuidar e de se doar, ela ganha força, isso a renova e revela uma outra mulher."
Conhecida também por sua atuação na novela Velho Chico, da Rede Globo, Cyria conta que se sentiu, de certa forma, conectada a Alice. "Sou uma pessoa também muito voltada ao amor e, como atriz, eu busco influenciar movimentos amorosos e tratar todo mundo com amor", destaca. O avental que dá nome ao filme se trata do acessório utilizado pela cuidadora nos locais em que trabalha. "Nós quisemos que ele fosse o símbolo dessa solidariedade, desse amor ao próximo", conta a intérprete.
A mensagem a ser passada, segundo a atriz, é essencial em um momento em que as pessoas estão muito voltadas a objetos, e não aos outros. "Essa lição de solidariedade e de amor ao próximo é muito oportuna e atual tanto pela imposição de muros como pelo distanciamento criado pelas redes sociais." Outro ponto tocado pelo filme é a empatia. "É sobre saber, conseguir se colocar no lugar do outro imaginando-se nas mesmas circunstancias e sentindo o mesmo que o outro", completa Cyria. A parceria da atriz com Jayme Monjardim é antiga e já rendeu grandes projetos, como as novelas Sete vidas e Em família, e o longa O tempo e o vento.
Outro personagem de destaque na trama é Rafael, vivido pelo ator português Bruno Cabrerizo. "Rafael é um rapaz jovem que descobre ser soropositivo e, ao mesmo tempo em que lida com essa descoberta, entra em conflito com os pais, que têm dificuldades de aceitar que ele é homossexual", explica Cabrerizo. O paciente tem um papel-chave na dramaturgia, por ser um dos responsáveis pelas transformações na protagonista: "Ele muda Alice, e ela o muda, fazendo com que ela se redescubra como mulher".
O avental rosa tem também no elenco o uruguaio Cesar Troncoso, Tania Bondezan, Zé Adão Barbosa, Nicette Bruno, Leonardo Medeiros, Mallu Valle e Heloisa Raso. Com um orçamento de R$ 3 milhões, o filme conta ainda com coprodução da Globo Filmes.
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