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Porto Alegre, quarta-feira, 30 de novembro de 2016. Atualizado �s 21h33.

Jornal do Com�rcio

Panorama

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No palco

Not�cia da edi��o impressa de 01/12/2016. Alterada em 30/11 �s 17h06min

Ospa apresenta Carmina Burana neste final de semana no Ara�jo Viana

Ospa apresenta Carmina Burana neste fim de semana

Ospa apresenta Carmina Burana neste fim de semana


MARIANA SIRENA/DIVULGA��O/JC
Luiza Fritzen
Uma das mais conhecidas peças do cancioneiro clássico será recriada neste fim de semana, no palco do Araújo Vianna (Osvaldo Aranha, 685). Considerada o grande destaque da temporada 2016 da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (OSpa), Carmina Burana será apresentada a partir das 20h30min, no sábado, e das 18h, no domingo.  Os ingressos custam R$ 30,00 e podem ser adquiridos nas Lojas Multisom e na bilheteria do evento.
Participam também o Coro Sinfônico da Ospa, o Coro Allegro Unisinos, a Cia. Municipal de Dança da Capital e três solistas. Estreada em 1937 na ópera de Frankfurt, Carmina Burana foi criada por Carl Orff (1895-1982) com inspiração em poemas satíricos, fazendo críticas às autoridades e à hipocrisia, passando por canções de amor e de taberna encontradas em manuscritos do século XIII. A obra é do estilo cantata, tipo de composição vocal que conta com acompanhamento instrumental podendo utilizar também de coro, com inspiração religiosa ou profana.
Carmina tem como origem o plural latino de carmen, que significa poema, cantiga, verso. O manuscrito que contém os "carmina" originais, escrito em latim e alemão medievais, foi encontrado em Benediktbeurn, na Bavária. A obra de Orff, que selecionou um pouco mais de vinte poemas, divide-se em sete grandes seções: Fortuna, Imperatriz do Mundo, Na Primavera, Nos Prados, Na Taberna, Corte de amor, Banziflor e Helena e finalizando com a repetição de Fortuna e Imperatriz do Mundo. A composição é emoldurada por um símbolo da antiguidade - a roda da fortuna, eternamente girando, trazendo alternadamente boa e má sorte.
A regência é do maestro e diretor artístico Evandro Matté, que entrou em contato com a obra em outra ocasião, mas como trompetista. Ocupando o posto de regente, Matté ressalta a importância de harmonizar todos os elementos presentes na camerata. "A estrutura é muito grande, são 250 pessoas envolvidas no palco, mas é prazeroso porque a obra é muito bonita e dá uma sensação muito boa ver todos engajados", comenta Matté. Segundo o maestro, Carmina Burana tematiza os desejos, as conquistas e as frustrações das pessoas, servindo como uma metáfora da vida, exposta à constante mudança, o que torna a obra atual.
Um dos versos que fez da obra conhecida é Fortuna. Utilizado em trilhas sonoras de filmes e séries de TV, o trecho tem um estilo dramático e aborda os temas sorte, destino e desejo. Para o maestro, a melodia é um dos aspectos mais importantes da ópera. "Ela tem várias interpretações, dentre elas o desejo que pode ter vários sentidos, e a dança e que os textos colocam deixa a margem para que cada pessoa faça sua própria avaliação do que ela acha que significa o que está acontecendo", explica Matté.
A importância de Fortuna também pode ser conferida na coreografia do espetáculo, que é um dos grandes diferenciais da apresentação da Ospa, com os dançarinos da Cia. Municipal de Dança. A coreografia foi desenvolvida por Ivan Motta, que comenta a complexidade da atração. "É uma peça lírica com começo, meio e fim. São 27 versos, então não tem muito como fugir da proposta. É preciso trabalhar dentro da ideia de sabedoria medieval e de estabelecer limites do ser humano no sentido da fortuna como desejo", relata.
Pensados de forma conjunta, o figurino, a cenografia e a coreografia seguem o conceito da obra. "Carmina Burana tem um apelo ritmo muito forte, as melodias são cantantes e há esse apelo ao medieval, misterioso e aventureiro dentro do próprio contexto", conta coreógrafo. Sobre o figuro, ele salienta que "os trajes acompanham a transição que a obra perpassa desde o início quando as pessoas pedem a Deus que tenham sorte na vida até o final quando elas agradecem a fortuna que receberam".
Para dar vida à grandiosidade do espetáculo, serão retiradas 140 cadeiras da plateia do auditório para ceder lugar aos músicos da orquestra, como se fosse um fosso de ópera. Isso foi pensado para abrigar toda a equipe envolvida na apresentação, entre o coro adulto, o coro infantil, os dançarinos do balé e o trio de solistas formado por três brasileiros que vêm se destacam mundo afora: a soprano Gabriella Pace, o tenor Flávio Leite e o barítono Homero Velho.
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