Representantes do setor arrozeiro na missão brasileira na Nigéria conseguiram a isenção da tarifa de importação sobre o arroz, que em 2013 foi sobretaxada em 110%.
A decisão foi anunciada pelo diretor-geral aduaneiro daquele país em entrevista a um programa de televisão em cadeia local, informou o diretor comercial do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Tiago Barata, que representou o governo do Estado na missão.
"Depois de uma série de argumentações, conseguimos convencer o governo que é interessante para o país nos dar condições de importação, e isso vai ser muito positivo para o arroz brasileiro; e acredito que, a partir daí, vamos retomar o mercado, que, até 2013, era o nosso principal", disse Barata. Entre março de 2011 e fevereiro de 2013, a Nigéria importou mais de 750 mil toneladas de arroz de base casca do Brasil. Em 2015, houve apenas uma importação de 16.283 toneladas. Hoje, os principais exportadores para aquele país são a Tailândia e a Indonésia.
Segundo Barata, o governo nigeriano aumentou a tarifa de importação buscando fomentar a produção local que hoje não é suficiente para atender a demanda doméstica. No entanto, as importações continuaram correndo, e a produção local não aumentou, disse. O canal para um acordo foi aberto durante visita do embaixador nigeriano no Brasil, Adamu Azimeyeh Emozozo, ao governo do Rio Grande do Sul, no mês de setembro, que foi recebido pelo secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Ernani Polo, pelo presidente do Irga, Guinter Frantz, e pelo diretor comercial, Tiago Barata.