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Publicada em 02 de Novembro de 2025 às 15:04

Livreiros comemoram movimento do primeiro fim de semana da Feira do Livro

Filippini, da Martins Livreiro, acredita que esta edição da Feira será melhor do que as anteriores

Filippini, da Martins Livreiro, acredita que esta edição da Feira será melhor do que as anteriores

TÂNIA MEINERZ/JC
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Marcus Meneghetti
Centenas de famílias com térmicas e cuias de chimarrão aproveitaram o fim de semana sem chuva para visitar os estandes das livrarias, as mesas de autógrafos e as atividades culturais da 71ª Feira do Livro de Porto Alegre. As alamedas da Praça da Alfândega - onde acontece a feira - ficaram estreitas por conta do grande número de visitantes. A programação segue até 16 de novembro, das 10h às 20h.
Centenas de famílias com térmicas e cuias de chimarrão aproveitaram o fim de semana sem chuva para visitar os estandes das livrarias, as mesas de autógrafos e as atividades culturais da 71ª Feira do Livro de Porto Alegre. As alamedas da Praça da Alfândega - onde acontece a feira - ficaram estreitas por conta do grande número de visitantes. A programação segue até 16 de novembro, das 10h às 20h.
Os livreiros e editores - como Augusto Filippini, que atendia na banca da Martins Livreiro na manhã deste domingo (2) - estão otimistas quanto às vendas deste ano. Filippini avalia que os primeiros dias tiveram um movimento significativo. "A Feira começou muito bem. Esses primeiros dias já foram melhores que os anos anteriores, pelos nossos balanços diários. Nossa expectativa é que (a feira deste ano) seja melhor do que em outros anos", avalia Filippini. 
O livreiro, que já trabalhou em cerca de 15 feiras, também citou alguns dos livros mais procurados na edição deste ano da feira. "As pessoas têm procurado bastante a biografia do Maurício Sirotsky Sobrinho e os lançamentos das nossas editoras, a Martins Livreiro e a Edigal, que são especializadas em temas relacionados ao Rio Grande do Sul", explicou.
O editor da Tomo Editorial, João Carneiro, que participa da Feira do Livro desde os anos 1990, compara o movimento deste ano com o do ano passado, quando o evento literário ocorreu alguns meses após a maior enchente da história de Porto Alegre. 
“O movimento neste ano está melhor do que em outros anos, especialmente, se compararmos com o ano passado, um ano tão difícil para o Rio Grande do Sul. Mas a feira superou as dificuldades e conseguiu estar na praça. Claro que, neste ano, as coisas estão mais estabelecidas, de modo que percebemos que as pessoas estão mais ávidas por reconstituir suas bibliotecas. Isso se reflete na busca por livros na feira", analisou Carneiro. 
Carneiro diz que as pessoas estão reconstruindo suas bibliotecas destruídas pela enchente de 2024 | TÂNIA MEINERZ/JC
Carneiro diz que as pessoas estão reconstruindo suas bibliotecas destruídas pela enchente de 2024 TÂNIA MEINERZ/JC
Entre os livros mais procurados no estande da Tomo, está a coleção "Filosofinhos e Filosofinhas", uma adaptação para crianças das obras dos principais filósofos do Ocidente. Os lançamentos mais recentes dessa coleção bilíngue, português e francês, são as obras sobre o filósofo francês Frantz Fanon e a filósofa grega do século VI A.C. Temistocleia.
"A coleção se propõe a construir o conhecimento desde a mais tenra idade. Lançamos os primeiros volumes em 2003. Inclusive, temos ouvido histórias de crianças que receberam os primeiros volumes e, agora, após formarem-se na faculdade, voltam aqui para completar a coleção com os mais novos exemplares", relata Carneiro.
Além disso, os livros sobre a história do Rio Grande do Sul também têm grande procura na banca da Tomo Editorial. "O livro Os Gaúchos, da Ondina Fachel Leal, tem tido uma ótima repercussão. E o Conto Sem Fadas, da Rosina Duarte, é um livro que permanece sendo buscado pelas pessoas que querem entender melhor o universo da mulher na região da campanha do Rio Grande do Sul", conclui o editor da Tomo. 

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