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Publicada em 05 de Junho de 2025 às 17:46

PSDB e Podemos devem compor segunda maior bancada da Assembleia do RS

Desconsiderando saídas do partido, bancada terá sete parlamentares

Desconsiderando saídas do partido, bancada terá sete parlamentares

Fernando Gomes/ALRS/JC
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Bolívar Cavalar
Bolívar Cavalar Repórter
A partir da aprovação do PSDB para dar início às tratativas de fusão com o Podemos, em executiva nacional dos tucanos realizada nesta quinta-feira (5), o novo partido que deve ser formado pode compor a segunda maior bancada da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, com 7 deputados, mesmo número do PP e abaixo apenas da federação PT-PCdoB, que conta com 12. Apesar desta possibilidade de compor uma das maiores forças do parlamento gaúcho, alguns quadros do PSDB avaliam deixar do partido. O processo de fusão de partidos está encaminhado, mas não definido. O PSDB já aprovou, mas agora resta o Podemos, que deve deliberar sobre o assunto em executiva a ser realizada na próxima semana, ainda sem data definida. O PSDB busca, com a fusão, sobreviver às cláusulas de barreiras, para ter acesso a recursos do fundo eleitoral, e manter a sua relevância política no Brasil. Mas, apesar de os tucanos terem perdido representatividade em território nacional, no Rio Grande do Sul a situação é diferente, tendo em vista que a sigla possui cinco deputados estaduais e prefeitos eleitos em 2024 em grandes cidades, como Caxias do Sul, com Adiló Didomenico, e Santa Maria, com Rodrigo Decimo.
A partir da aprovação do PSDB para dar início às tratativas de fusão com o Podemos, em executiva nacional dos tucanos realizada nesta quinta-feira (5), o novo partido que deve ser formado pode compor a segunda maior bancada da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, com 7 deputados, mesmo número do PP e abaixo apenas da federação PT-PCdoB, que conta com 12. Apesar desta possibilidade de compor uma das maiores forças do parlamento gaúcho, alguns quadros do PSDB avaliam deixar do partido.

O processo de fusão de partidos está encaminhado, mas não definido. O PSDB já aprovou, mas agora resta o Podemos, que deve deliberar sobre o assunto em executiva a ser realizada na próxima semana, ainda sem data definida.

O PSDB busca, com a fusão, sobreviver às cláusulas de barreiras, para ter acesso a recursos do fundo eleitoral, e manter a sua relevância política no Brasil. Mas, apesar de os tucanos terem perdido representatividade em território nacional, no Rio Grande do Sul a situação é diferente, tendo em vista que a sigla possui cinco deputados estaduais e prefeitos eleitos em 2024 em grandes cidades, como Caxias do Sul, com Adiló Didomenico, e Santa Maria, com Rodrigo Decimo.
Boa parte desta resistência do PSDB em solo gaúcho se devia ao fato de o governador do Estado, Eduardo Leite, integrar a sigla. Mas isso se perdeu com a saída do chefe do Executivo para se filiar ao PSD, movimento que está sendo avaliado por outros tucanos como uma possibilidade para o ano que vem, quando será aberta a janela partidária.

Parlamentares com mandato só podem trocar de partido em janelas partidárias, que ocorrem seis meses antes de uma eleição. Por conta disso, mesmo com a fusão, os deputados estaduais gaúchos que pretendem acompanhar o governador no PSD ou buscar outras siglas terão de aguardar até março ou abril de 2026, quando se abre a próxima oportunidade de mudanças partidárias. É especulado, porém, que haja uma janela extraordinária para trocas de legendas a partir da fusão, mas isso não está definido.

Atualmente, na Assembleia Legislativa do RS, o Podemos conta com dois deputados estaduais, Claudio Branchieri e Airton Lima. Já o PSDB tem cinco: Delegada Nadine (PSDB), Kaká D'Ávila (PSDB), Neri, o Carteiro (PSDB), Pedro Pereira (PSDB) e Professor Bonatto (PSDB). Com a fusão, os sete formariam uma única bancada no Parlamento.

À reportagem do Jornal do Comércio, tucanos já afirmaram que irão aguardar o desenrolar do processo de fusão, com a elaboração de um novo estatuto partidário, para baterem o martelo sobre os seus futuros. Há uma tendência de que os aliados mais efetivos de Eduardo Leite o acompanhem ao PSD, tendo em vista que o governador afirmou, no dia em que ingressou no partido, que pretende formar na sigla uma das maiores forças políticas do Rio Grande do Sul.

Uma das maiores aliadas de Leite na Assembleia Legislativa gaúcha é a deputada Delegada Nadine, que afirmou anteriormente haver “uma tendência natural” de acompanhar o governador no PSD. Apesar disso, destacou que nenhuma decisão está tomada e que irá tratar as questões partidárias com correligionários tucanos.

No Rio Grande do Sul, o PSDB é presidido por Paula Mascarenhas, que é ex-prefeita de Pelotas e atual secretária extraordinária de Relações Institucionais do governo gaúcho, e o Podemos por Everton Braz. Os dirigentes manifestaram o objetivo de manter quadros no partido que deve ser formado na fusão.

Braz aposta no convencimento de deputados a partir de que seria mais provável que eles alcancem a reeleição em 2026 se ficarem no partido. Paula, por sua vez, desassocia possíveis saídas da sigla do processo de fusão. Para ela, estas mudanças aconteceriam de qualquer forma.

Em entrevista concedida ao JC, Paula Mascarenhas destacou que o novo partido busca fortalecer o centro democrático e se afastar das polarizações entre esquerda e direita. “Nós precisamos fortalecer o centro democrático, precisamos fortalecer partidos que tenham uma agenda comum”, pontuou a tucana.

Possível bancada após fusão

Delegada Nadine (PSDB)
Kaká D'Ávila (PSDB)
Neri, o Carteiro (PSDB)
Pedro Pereira (PSDB)
Professor Bonatto (PSDB)
Airton Lima (Pode)
Claudio Branchieri (Pode)

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