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Publicada em 04 de Junho de 2025 às 18:25

Famurs pede R$ 771,6 milhões ao governo do RS para conter crise na saúde

Presidente da Famurs, Adriane Perin de Oliveira, realizou o pedido em reunião com o chefe da Casa Civil, Artur Lemos

Presidente da Famurs, Adriane Perin de Oliveira, realizou o pedido em reunião com o chefe da Casa Civil, Artur Lemos

Gustavo Mansur/Ascom Casa Civil/Divulgação/JC
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Diante da crise na saúde que diversos municípios gaúchos estão enfrentando, a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) pediu nesta quarta-feira (4), ao governo do Rio Grande do Sul, a liberação de R$ 771,6 milhões para o setor. O pedido ocorreu em reunião da presidente da Famurs e prefeita de Nonoai, Adriane Perin de Oliveira (PP), com o secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos (PSD).
Diante da crise na saúde que diversos municípios gaúchos estão enfrentando, a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) pediu nesta quarta-feira (4), ao governo do Rio Grande do Sul, a liberação de R$ 771,6 milhões para o setor. O pedido ocorreu em reunião da presidente da Famurs e prefeita de Nonoai, Adriane Perin de Oliveira (PP), com o secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos (PSD).

Entre os principais problemas apontados pela Famurs estão a destruição de equipamentos e estruturas físicas pelas cheias que atingiram o Estado em 2024, o aumento de 62% nos casos de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG), a baixa cobertura vacinal, e a alta na incidência de doenças como dengue, leptospirose, infecções de pele, além do aumento expressivo na demanda por atendimentos em saúde mental.

“Já tínhamos um contexto complexo antes das enchentes, de comprometimento das receitas municipais com a saúde. Depois dos eventos climáticos, a situação piorou muito. Apresentamos o pedido e contamos com a sensibilidade do governo do Estado para encontrarmos uma solução para as pessoas que estão esperando por atendimento. Na sequência, apresentaremos a demanda também ao governo federal”, afirma a Adriane.

A Famurs também elencou seis prioridades para os recursos de R$ 771,6 milhões: reabertura de leitos hospitalares do SUS desativados pelos eventos climáticos; reposição de perdas orçamentárias, em especial relativas ao Programa Assistir; ampliação de leitos hospitalares e da capacidade instalada para reduzir a demanda reprimida; sustentação financeira de hospitais públicos e filantrópicos; investimentos em unidades de urgência e policlínicas regionais; e fortalecimento da Atenção Básica, com ampliação de turnos e apoio à Rede de Urgência e Emergência.

A proposta da Famurs sugere que a distribuição dos recursos considere a população total das regiões e o nível de comprometimento dos municípios. Pelo critério, as maiores parcelas seriam destinadas à Região Metropolitana (R$ 282,17 milhões) e aos Vales (R$ 214,4 milhões). Os valores seriam repassados mediante apresentação de projetos e pactuação em nível macrorregional.

Os investimentos ocorreriam entre 2025 e 2026, com foco na recuperação tecnológica dos serviços e no aumento da resiliência dos sistemas de saúde locais e regionais. 

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