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Publicada em 20 de Maio de 2025 às 18:25

Prefeitura atinge 65% das metas programadas para gestão anterior

O Executivo também divulgou que quase 23% dos objetivos não  foram atingidos e 12% apresentaram conclusão parcial

O Executivo também divulgou que quase 23% dos objetivos não foram atingidos e 12% apresentaram conclusão parcial

ANDRESSA PUFAL/JC
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Sofia Utz
Sofia Utz
Em balanço apresentado durante audiência pública realizada na última semana, a prefeitura de Porto Alegre confirmou que foram cumpridas cerca de 84 das 129 metas elaboradas pela gestão de 2021 a 2024. O Executivo também divulgou que quase 23% dos objetivos não foram atingidos e 12% apresentaram conclusão parcial. Na reunião, organizada pela Câmara de Vereadores, também foi apresentado o novo Programa de Metas do Poder Executivo do Município de Porto Alegre (Prometa), que contempla os objetivos da gestão até 2028. 
Em balanço apresentado durante audiência pública realizada na última semana, a prefeitura de Porto Alegre confirmou que foram cumpridas cerca de 84 das 129 metas elaboradas pela gestão de 2021 a 2024. O Executivo também divulgou que quase 23% dos objetivos não foram atingidos e 12% apresentaram conclusão parcial. Na reunião, organizada pela Câmara de Vereadores, também foi apresentado o novo Programa de Metas do Poder Executivo do Município de Porto Alegre (Prometa), que contempla os objetivos da gestão até 2028. 
As metas são divididas em quatro eixos: Serviços Públicos, Desenvolvimento Social, Desenvolvimento Econômico e Gestão. No último quadriênio, o setor com mais metas atingidas foi o de Serviços Públicos, que cumpriu com 76% dos objetivos, enquanto o com menor aproveitamento foi o de Gestão, que atingiu 50% dos indicadores traçados. Na avalição do secretário-adjunto de Planejamento e Gestão, Bruno Caldas, o balanço apresentou bons resultados, considerando os prejuízos causados pelas enchentes em 2024. Como principais metas contempladas, Caldas citou o aumento de vagas em cursos profissionalizantes e a diminuição no tempo para aprovação de projetos de construção de edifícios. Nos objetivos não atingidos, ele cita a qualificação de resíduos encaminhados à reciclagem, que se manteve em 2,7% enquanto a meta era mais de 4%.
No novo plano, a prefeitura apresentou 180 objetivos, traçados em conjunto dos secretários que compõem o governo. "O Prometa tem o objetivo claro de cumprir com as promessas de campanha que foram feitas pelo prefeito eleito e de dar continuidade aos projetos da última gestão", aponta Caldas. 
Na área de serviços públicos, o Executivo elenca propostas relacionadas à mobilidade urbana, como a duplicação da Av. Protásio Alves até a Av. Caminho do Meio, infraestrutura e revitalização de espaços públicos. Para o secretário-adjunto, a principal meta neste âmbito é o fortalecimento da zeladoria municipal, focando na expansão da coleta seletiva e de contêineres de lixo na cidade. Caldas também cita o lançamento de um edital para parceria público-privada no manejo de resíduos sólidos urbanos, projeto que ainda tramita na Câmara de Vereadores. 
No eixo social, constam melhorias na saúde, na educação e em questões habitacionais. Destaca-se a ampliação do horário de funcionamento de Unidades de Saúde, duplicação do Hospital de Pronto Socorro, expansão do ensino integral e investimentos na infraestrutura das escolas municipais. Sobre o desenvolvimento econômico, o secretário-adjunto ressalta o objetivo de tornar Porto Alegre um polo de inovação e promoção cultural, com eventos de proporção regional e nacional.
No quesito gestão, o Prometa aborda especialmente o manejo dos recursos recebidos por fundos internacionais e a execução das obras planejadas. Esses valores serão usados para revitalizar o Centro Histórico e o Quarto Distrito, ampliar o sistema de proteção contra cheias e formar complexos sociais. A Capital também recebeu recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que serão investidos em obras de saneamento e renovação do município. 
Na visão de Luís Borba, membro do conselho do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), o ofício apresentado é "genérico" e muito parecido com o organizado pela gestão anterior. "Existe muito do mesmo e quase nada de metas objetivas", avaliou Borba. De acordo com ele, esse é apenas um plano geral narrativo do governo, que apresenta poucos objetivos quantitativos e informações imprecisas em relação à realização e ao financiamento das ações previstas.

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