A bancada do PT na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul entrou com representação junto ao Ministério Público do Estado (MPE) pedindo que seja suspensa a veiculação do documentário “Todos Nós por Todos Nós”, produzido pela Secretaria de Comunicação (Secom) do governo gaúcho e que retrata a atuação do Piratini no enfrentamento às cheias de maio de 2024 e na reconstrução do RS.
Assinado pelo líder da bancada de oposição no Parlamento, deputado Miguel Rosseto (PT), o ofício acusa o vídeo de ser “uma peça de publicidade cujo objetivo é promover nacionalmente a imagem” do governador Eduardo Leite (PSD).
No documento há o argumento de que o chefe do executivo gaúcho já se declarou como pré-candidato à presidência da República nas eleições gerais de 2026. O governador migrou do PSDB para o PSD na semana passada, com objetivo de concorrer ao Planalto ou ao Senado no pleito do ano que vem.
“O material, embora apresentado como de interesse social, configura-se, na verdade, como uma peça de promoção pessoal do Governador, que já se declarou pré-candidato à Presidência da República nas eleições de 2026”, diz o ofício, que também cita o uso de recursos públicos para a elaboração do filme.
Eduardo Leite está nesta quinta-feira (15) cumprindo o último dia de uma missão do governo do Estado em Nova York, nos Estados Unidos. De lá, se defendeu das acusações e disse que “tudo será devidamente esclarecido”.
“Não sou eu quem faz o documentário. A Secretaria de Comunicação organizou esse documentário. E, naturalmente, o governador coordena as ações do atendimento às emergências, e está presente, como há a presença do próprio Presidente da República também sendo demonstrada, e a gente tem que ter questão de destacar isso, e a participação dos próprios secretários de Estado”, disse o governador.
A representação enviada pela bancada do PT ao MPE ainda aponta que dos 42 minutos e 14 segundos totais do documentário, Eduardo Leite aparece em cena por 9 minutos e 2 segundos, equivalente a 21,83% do tempo de filme. “Por tal medida, possível se concluir de forma objetiva que o filme não é sobre o papel dos gaúchos perante a tragédia de maio de 2024 e nem sobre o papel do Governo do Estado nos fatos, mas para exaltar a participação de Eduardo Leite nos eventos”, afirma o ofício.
A bancada petista pede a suspensão da veiculação do documentário, que está sendo apresentado em salas de cinema do Estado, e a instauração de uma investigação para apurar a prática de ato de improbidade administrativa em razão do uso de recursos públicos para suposta “promoção pessoal com finalidade eleitoral”.
Em outra frente, o deputado federal Paulo Pimenta (PT), que atuou no período das enchentes como secretário Extraordinário da Reconstrução do governo federal, apresentou outra representação, desta vez ao Ministério Público Federal (MPF), com argumentos similares aos da bancada do PT na Assembleia. O parlamentar, porém, vai além, e pede a apuração de um suposto uso de recursos oriundos do Funrigs, fundo criado para financiar a reconstrução do RS e obras de proteção contra desastres.
Em resposta às acusações, a Secretaria de Comunicação do Estado emitiu nota em que nega o uso de recursos do Funrigs para produção do filme. “Toda a produção foi realizada pela equipe própria da Secom”, diz o comunicado.
Nesta quinta-feira (15), Miguel Rossetto deve apresentar ao MPE uma adição à denúncia pela utilização de um slogan da campanha eleitoral de 2022 de Eduardo Leite no título do documentário, “Todos Nós por Todos Nós”.
Sobre isso, a nota da Secretaria de Comunicação afirma: “a Secom esclarece que a frase ‘Todos nós por todos nós’ foi usada em textos em diferentes contextos ao longo do tempo. Essa expressão é o conceito do Plano Rio Grande para representar o esforço e participação de todos durante as enchentes e a reconstrução do Estado. Já a frase ‘Agora somos todos nós por todos nós’, além de ser diferente, aparece em texto e foi utilizada como mensagem comemorativa em uma camiseta. O slogan da campanha eleitoral do segundo turno em 2022 foi ‘O Rio Grande fala mais alto’”.
No documento há o argumento de que o chefe do executivo gaúcho já se declarou como pré-candidato à presidência da República nas eleições gerais de 2026. O governador migrou do PSDB para o PSD na semana passada, com objetivo de concorrer ao Planalto ou ao Senado no pleito do ano que vem.
“O material, embora apresentado como de interesse social, configura-se, na verdade, como uma peça de promoção pessoal do Governador, que já se declarou pré-candidato à Presidência da República nas eleições de 2026”, diz o ofício, que também cita o uso de recursos públicos para a elaboração do filme.
Eduardo Leite está nesta quinta-feira (15) cumprindo o último dia de uma missão do governo do Estado em Nova York, nos Estados Unidos. De lá, se defendeu das acusações e disse que “tudo será devidamente esclarecido”.
“Não sou eu quem faz o documentário. A Secretaria de Comunicação organizou esse documentário. E, naturalmente, o governador coordena as ações do atendimento às emergências, e está presente, como há a presença do próprio Presidente da República também sendo demonstrada, e a gente tem que ter questão de destacar isso, e a participação dos próprios secretários de Estado”, disse o governador.
A representação enviada pela bancada do PT ao MPE ainda aponta que dos 42 minutos e 14 segundos totais do documentário, Eduardo Leite aparece em cena por 9 minutos e 2 segundos, equivalente a 21,83% do tempo de filme. “Por tal medida, possível se concluir de forma objetiva que o filme não é sobre o papel dos gaúchos perante a tragédia de maio de 2024 e nem sobre o papel do Governo do Estado nos fatos, mas para exaltar a participação de Eduardo Leite nos eventos”, afirma o ofício.
A bancada petista pede a suspensão da veiculação do documentário, que está sendo apresentado em salas de cinema do Estado, e a instauração de uma investigação para apurar a prática de ato de improbidade administrativa em razão do uso de recursos públicos para suposta “promoção pessoal com finalidade eleitoral”.
Em outra frente, o deputado federal Paulo Pimenta (PT), que atuou no período das enchentes como secretário Extraordinário da Reconstrução do governo federal, apresentou outra representação, desta vez ao Ministério Público Federal (MPF), com argumentos similares aos da bancada do PT na Assembleia. O parlamentar, porém, vai além, e pede a apuração de um suposto uso de recursos oriundos do Funrigs, fundo criado para financiar a reconstrução do RS e obras de proteção contra desastres.
Em resposta às acusações, a Secretaria de Comunicação do Estado emitiu nota em que nega o uso de recursos do Funrigs para produção do filme. “Toda a produção foi realizada pela equipe própria da Secom”, diz o comunicado.
Nesta quinta-feira (15), Miguel Rossetto deve apresentar ao MPE uma adição à denúncia pela utilização de um slogan da campanha eleitoral de 2022 de Eduardo Leite no título do documentário, “Todos Nós por Todos Nós”.
Sobre isso, a nota da Secretaria de Comunicação afirma: “a Secom esclarece que a frase ‘Todos nós por todos nós’ foi usada em textos em diferentes contextos ao longo do tempo. Essa expressão é o conceito do Plano Rio Grande para representar o esforço e participação de todos durante as enchentes e a reconstrução do Estado. Já a frase ‘Agora somos todos nós por todos nós’, além de ser diferente, aparece em texto e foi utilizada como mensagem comemorativa em uma camiseta. O slogan da campanha eleitoral do segundo turno em 2022 foi ‘O Rio Grande fala mais alto’”.