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Publicada em 14 de Maio de 2025 às 17:00

PSDB busca a sobrevivência do partido a partir de fusão com Podemos

Presidente do PSDB no RS, Paula Mascarenhas, e presidente do Podemos gaúcho, Everton Braz

Presidente do PSDB no RS, Paula Mascarenhas, e presidente do Podemos gaúcho, Everton Braz

Montagem/Gustavo Vara/Karine Viana/Divulgação/JC
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Bolívar Cavalar
Bolívar Cavalar Repórter
Um novo partido está prestes a ser formado no Brasil, a partir da fusão entre o PSDB e o Podemos. A expectativa é que a consolidação desta nova sigla ocorra no mês de junho. Diante deste movimento partidário, os presidentes das legendas no Rio Grande do Sul, Paula Mascarenhas (PSDB) e Everton Braz (Podemos), avaliam os impactos no Estado. Para a tucana, o movimento se dá para que o partido possa sobreviver, enquanto Braz observa uma possibilidade de crescimento a partir da fusão. Mesmo que ainda não esteja oficializado, o partido que será formado já perdeu a sua principal referência no Estado: o governador gaúcho Eduardo Leite se filiou ao PSD, após 24 anos atuando no PSDB. Com a saída do chefe do executivo estadual, a tendência é que aliados optem pelo mesmo caminho. Sobre isso, Paula desassocia esta possibilidade de migração de quadros ao PSD do processo de fusão entre os tucanos e o Podemos. “Os anos pré-eleitorais são anos de movimentação política, mas eu não acredito que nenhum parlamentar do partido vá sair do partido por conta deste movimento de fusão. Sairia de qualquer maneira, nesse caso, e talvez justamente por sentir dificuldade (no PSDB). Certamente vão buscar partidos mais fortes, que é o que o PSDB está tentando ser”, diz a presidente. No caso da Assembleia Legislativa do RS e considerando uma eventual manutenção de quadros, a junção de PSDB com Podemos resultaria na segunda maior bancada do parlamento gaúcho, com sete deputados, mesmo número do PP e atrás apenas da federação PT-PCdoB, que tem 11. Para tentar manter parlamentares na nova sigla, Everton Braz aposta no convencimento a partir de uma sensibilidade que políticos podem ter quanto ao “cálculo eleitoral’’, em que, por exemplo, se estabelecem o número de eleitos por legenda a partir dos quocientes eleitorais e partidários. “No novo partido, a possibilidade de reeleição desses deputados é mais concreta e menos arriscada”, afirma o presidente do Podemos. A ideia do partido a ser formado é que se consolide no chamado centro democrático e se distancie da polarização política entre o PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PL do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Eu vejo como um movimento do partido (PSDB) em busca de fortalecimento, de sobrevivência, num espaço político que é muito difícil, que é o espaço do centro democrático”, avalia Paula Mascarenhas, que observa este enfraquecimento contínuo do PSDB como resultado da polarização, mas também de erros internos do partido. “A nossa disposição é chegarmos como partido nacional mais forte nas eleições do ano que vem e, portanto, superarmos esse momento de incerteza”, pontua a tucana. Paula é aliada de Eduardo Leite de longa data, desde quando o governador teve a sua ascensão política em Pelotas, cidade na qual foi prefeita por dois mandatos. Apesar disso, ela desconsidera a sua saída do PSDB, pelo menos neste momento, também em respeito ao cargo executivo que ocupa no RS. Já o presidente do Podemos acredita que o movimento de fusão pode fortalecer a nova sigla. “Aqui no Estado a gente imagina que a soma dos dois partidos, mesmo que haja uma ou outra defecção na montagem do novo partido, a soma, ela será positiva. Para nós, a gente vê com entusiasmo”, afirma Everton Braz, que ainda aponta que o novo partido deverá trabalhar para apresentar uma identidade própria.
Um novo partido está prestes a ser formado no Brasil, a partir da fusão entre o PSDB e o Podemos. A expectativa é que a consolidação desta nova sigla ocorra no mês de junho. Diante deste movimento partidário, os presidentes das legendas no Rio Grande do Sul, Paula Mascarenhas (PSDB) e Everton Braz (Podemos), avaliam os impactos no Estado. Para a tucana, o movimento se dá para que o partido possa sobreviver, enquanto Braz observa uma possibilidade de crescimento a partir da fusão.

Mesmo que ainda não esteja oficializado, o partido que será formado já perdeu a sua principal referência no Estado: o governador gaúcho Eduardo Leite se filiou ao PSD, após 24 anos atuando no PSDB. Com a saída do chefe do executivo estadual, a tendência é que aliados optem pelo mesmo caminho.

Sobre isso, Paula desassocia esta possibilidade de migração de quadros ao PSD do processo de fusão entre os tucanos e o Podemos. “Os anos pré-eleitorais são anos de movimentação política, mas eu não acredito que nenhum parlamentar do partido vá sair do partido por conta deste movimento de fusão. Sairia de qualquer maneira, nesse caso, e talvez justamente por sentir dificuldade (no PSDB). Certamente vão buscar partidos mais fortes, que é o que o PSDB está tentando ser”, diz a presidente.

No caso da Assembleia Legislativa do RS e considerando uma eventual manutenção de quadros, a junção de PSDB com Podemos resultaria na segunda maior bancada do parlamento gaúcho, com sete deputados, mesmo número do PP e atrás apenas da federação PT-PCdoB, que tem 11.

Para tentar manter parlamentares na nova sigla, Everton Braz aposta no convencimento a partir de uma sensibilidade que políticos podem ter quanto ao “cálculo eleitoral’’, em que, por exemplo, se estabelecem o número de eleitos por legenda a partir dos quocientes eleitorais e partidários. “No novo partido, a possibilidade de reeleição desses deputados é mais concreta e menos arriscada”, afirma o presidente do Podemos.

A ideia do partido a ser formado é que se consolide no chamado centro democrático e se distancie da polarização política entre o PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PL do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Eu vejo como um movimento do partido (PSDB) em busca de fortalecimento, de sobrevivência, num espaço político que é muito difícil, que é o espaço do centro democrático”, avalia Paula Mascarenhas, que observa este enfraquecimento contínuo do PSDB como resultado da polarização, mas também de erros internos do partido.

“A nossa disposição é chegarmos como partido nacional mais forte nas eleições do ano que vem e, portanto, superarmos esse momento de incerteza”, pontua a tucana. Paula é aliada de Eduardo Leite de longa data, desde quando o governador teve a sua ascensão política em Pelotas, cidade na qual foi prefeita por dois mandatos. Apesar disso, ela desconsidera a sua saída do PSDB, pelo menos neste momento, também em respeito ao cargo executivo que ocupa no RS.

Já o presidente do Podemos acredita que o movimento de fusão pode fortalecer a nova sigla. “Aqui no Estado a gente imagina que a soma dos dois partidos, mesmo que haja uma ou outra defecção na montagem do novo partido, a soma, ela será positiva. Para nós, a gente vê com entusiasmo”, afirma Everton Braz, que ainda aponta que o novo partido deverá trabalhar para apresentar uma identidade própria.
“As executivas autorizaram a discussão, mas isso é uma construção que agora, durante esse período, vai se ajustando”, diz o dirigente. Braz completa: “vai precisar de uma delicadeza bastante grande por parte de todos os dirigentes pra construção desse novo partido”.

Outra frente em que a futura sigla buscará crescer é na Câmara dos Deputados. Juntos, PSDB e Podemos têm 33 cadeiras. Conforme ambos os presidentes em nível estadual, o objetivo é aumentar esta representação e chegar a um número próximo de 40 parlamentares.

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