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Publicada em 16 de Janeiro de 2025 às 17:51

BRDE estima ampliação de investimentos nos municípios gaúchos em 2025

Banco estima que obras de drenagem devem ser mais demandadas pelas gestões

Banco estima que obras de drenagem devem ser mais demandadas pelas gestões

Tânia Meinerz/JC
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Ana Carolina Stobbe
Ana Carolina Stobbe Repórter
O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) quase dobrou os investimentos nos municípios gaúchos ao longo de 2024, em relação ao ano anterior. Os números cresceram devido à reconstrução após as enchentes de maio e também por obras prioritárias das gestões municipais que tiveram seus créditos contratados ao longo do período. Para 2025, a meta é crescer ainda mais o montante, passando dos R$ 190 milhões registrados em 2024 para R$ 300 milhões. 
O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) quase dobrou os investimentos nos municípios gaúchos ao longo de 2024, em relação ao ano anterior. Os números cresceram devido à reconstrução após as enchentes de maio e também por obras prioritárias das gestões municipais que tiveram seus créditos contratados ao longo do período. Para 2025, a meta é crescer ainda mais o montante, passando dos R$ 190 milhões registrados em 2024 para R$ 300 milhões
Segundo o diretor de Planejamento do BRDE, Leonardo Busatto, o aumento deverá se consolidar pois 2025 é o ano em que novos prefeitos assumiram a gestão dos municípios. "Os temas de infraestrutura urbana e resiliência (climática) permearam grande parte das campanhas eleitorais e das discussões políticas. Está muito em voga. A nossa ideia é aproveitar essa nova leva de prefeitos e mostrar essa parceria para apoiar as gestões em grandes investimentos que o caixa municipal por vezes não dá conta com recursos próprios", explicou. 
Busatto considera que os temas prioritários para os investimentos diretos do BRDE devem ser justamente a infraestrutura, drenagem urbana, saneamento básico e iluminação pública. Esta última pauta será prioritária em cidades de pequeno e médio porte e deverá consistir na troca de lâmpadas pelas de LED, buscando ampliar as ações de sustentabilidade dos municípios. Já as demandas de saneamento se dão em virtude do Marco Legal do Saneamento Básico, aprovado em 2020 e que prevê a universalização do sistema de água e esgoto até 2033. As demais reivindicações são relacionadas com os eventos climáticos que assolaram a região nos últimos anos. 
Outra fonte de receita para o BRDE deve ser pela atuação nas parcerias público-privadas (PPPs). "Em municípios como Farroupilha e Estância Velha estamos conversando muito sobre a concessão da iluminação pública. Também somos muito demandados para PPPs na área de educação, especialmente na educação infantil. Lembrando aqui que não é em relação ao ensino, mas à infraestrutura. Uma das cidades com a qual temos discutido isso é Santa Maria", exemplificou Busatto. 
Algumas concessões também trazem benefícios indiretos ao BRDE. É o caso do Departamento Municipal de Águas e Esgotos de Porto Alegre (Dmae), cuja proposta de parceirização deverá ser apresentada à Câmara Municipal ao longo deste ano. Embora envolva diretamente o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o projeto poderá ser parcial e envolver na concessão apenas os sistemas de água ou de esgoto. Neste caso, aquele que permanecer público demandará investimentos que poderão ser contratados junto ao BRDE. 
"Estamos percebendo que os prefeitos estão mais conectados a temas que nos passado não percebíamos muito, que é a questão de cidades inteligentes, envolvendo saneamento e drenagem. Antes, recebíamos muitos pedidos de asfaltamento e hoje vemos cada vez mais pedidos diferentes, como escolas, financiamento de ginásios esportivos, centros de eventos.... Enfim, um monte de coisas diferentes. Acho que as novas gestões vão ter muitos projetos e, dentro do possível, o BRDE vai apoiar", avalia Busatto. 
 

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