A bancada gaúcha já definiu quem deverá assumir a liderança do bloco durante 2025. Em meados de fevereiro, o atual ocupante do cargo, Dionilso Marcon (PT), deixará o comando dos parlamentares do Rio Grande do Sul para Marcelo Moraes (PL). A coordenação é escolhida mediante acordo entre os deputados, garantindo um rodízio entre os partidos com o maior número de cadeiras na casa.
O sistema de rodízio foi instituído em 2023. Moraes será o quarto parlamentar a ocupar a liderança desde então. Antes dele e de Marcon, também coordenam o bloco os deputados federais Carlos Gomes (Republicanos) e Any Ortiz (Cidadania). No próximo ano, a indicação será do PP. Antes do acordo, Giovani Cherini (PL) esteve à frente dos parlamentares gaúchos por oito anos consecutivos.
Ao longo de 2024, a bancada teve uma forte atuação em resposta às catástrofes geradas pelas cheias que assolaram o Rio Grande do Sul no mês de maio. Agora, no próximo ano, o desafio de Moraes será o de coordenar os parlamentares para buscar um debate em torno do Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), sancionado com vetos nesta segunda-feira (13) e cujo texto final preocupou o governo gaúcho.
Moraes é deputado federal desde 2019, quando assumiu o primeiro mandato, tendo sido reeleito em 2022. Ele ingressou no PL após a dissolução do PTB, ao qual era vinculado nos cargos anteriores. De 2011 a 2018 foi deputado estadual e, antes disso, vereador em Santa Cruz do Sul. Atualmente, ele é vinculado às bancadas evangélica, ruralista e da segurança pública. Também é titular em comissões que discutem desastres ambientais e danos causados por enchentes no Rio Grande do Sul.
No atual mandato, Moraes acompanhou o governo de Luís Inácio Lula da Silva (PT), do qual é oposição, em 21% das votações. No anterior, teve cerca de 90% de concordância com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em 2021 foi vice-líder do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados.