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Publicada em 22 de Agosto de 2024 às 18:23

Locação de imóveis por partidos diminui nas eleições de 2024

Gerente de imobiliária avalia redução na procura por espaços para organização de  campanha

Gerente de imobiliária avalia redução na procura por espaços para organização de campanha

ISABELLE RIEGER/JC
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Bolívar Cavalar
Ao longo do período eleitoral, as cidades ficam tomadas de propagandas de candidatos em bandeiras, cartazes e panfletos. As cores dos partidos políticos também passam a ocupar as fachadas de espaços comerciais, que alugam os imóveis para a organização de comitês. O que se observa é que a cada nova eleição a procura de aluguel destes locais vem diminuindo, ao menos na avaliação do gerente da Agência Corporate da Auxiliadora Predial, Ricardo Leite.
Ao longo do período eleitoral, as cidades ficam tomadas de propagandas de candidatos em bandeiras, cartazes e panfletos. As cores dos partidos políticos também passam a ocupar as fachadas de espaços comerciais, que alugam os imóveis para a organização de comitês. O que se observa é que a cada nova eleição a procura de aluguel destes locais vem diminuindo, ao menos na avaliação do gerente da Agência Corporate da Auxiliadora Predial, Ricardo Leite.

Segundo Leite, os aluguéis de espaços por candidatos a vereador, prefeito e vice representa cerca de 10% das operações do mês de agosto deste ano. O gerente afirma observar uma diminuição da procura deste tipo na comparação com as eleições gerais de 2022 e as municipais de 2020.

“Pelo menos neste ano teve uma procura menor de imóveis substanciais. Nas eleições para presidente e governador, por exemplo, nós tivemos uma busca grande por pontos estratégicos, por grandes lojas comerciais, casas comerciais em vias com grande trânsito”, diz Leite.

Na avaliação do gerente, um dos motivos para isso é que as campanhas estão migrando cada vez mais ao ambiente digital. “Antes era importante ter um local que também era usado como depósito para panfletos, adesivos. Uma estrutura maior, mais robusta. Agora acho que todos os candidatos estão com viés mais digital que físico”, analisa Leite.

Esta baixa, segundo o gerente, não preocupa o setor imobiliário, pois esses aluguéis costumam apresentar riscos aos proprietários. “Tivemos já alguns casos - independente do partido - de, após a locação, o inquilino ficar um mês a mais, ficar inadimplente nesse período, ou então ele acaba entregando o imóvel de maneira que para ter uma nova locação o proprietário terá que investir”, diz Leite. Segundo ele, houve situações em que os espaços eram devolvidos sujos ou com as paredes pintadas com as cores das legendas.

O gerente afirma que, na maioria das vezes, este tipo de locação tem dois perfis: ou o proprietário é conhecido do candidato ou o aluguel é de imóveis desocupados há tempos, período de 6 a 12 meses. Ele também explica que estes aluguéis normalmente são contratados pelo próprio político, e não por partido. Além disso, Leite diz que é comum o pagamento antecipado dos imóveis pelo período de três meses e, nos casos de prefeitos e vices que podem ir ao segundo turno, com garantia de mais um mês para ocupar os espaços.

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