O vereador Everton Gimenis (PT) tomou posse na Câmara Municipal de Porto Alegre durante a sessão desta quarta-feira (12). Ele ocupa a vaga deixada pelo parlamentar Engenheiro Comassetto (PT) que se licenciou para ocupar o cargo de diretor de Habitação e Saneamento no ministério extraordinário para a Reconstrução do Rio Grande do Sul, criado pelo governo federal em maio e comandado por Paulo Pimenta (PT).
Em seu primeiro discurso após ser empossado, Gimenis, que é ligado ao sindicalismo, fez críticas à gestão do prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB). O parlamentar acusou o mandatário de negligência com o sistema de proteção contra enchentes da Capital e também no caso da Pousada Garoa, local conveniado com a prefeitura para receber população em situação de vulnerabilidade e que sofreu um incêndio com vítimas fatais no final de abril.
“Essa Casa (Legislativo) vai ter um papel fundamental de fiscalizar o aporte desses recursos (federais) que vierem (para a reconstrução de Porto Alegre), se eles vão ser bem aplicados. A periferia está abandonada, as pessoas não conseguem voltar para casa. Precisamos reconstruir a nossa cidade. Sou muito feliz em assumir em um momento tão importante para a nossa cidade. A gente quer ter um mandato que contribua para esse momento de reconstrução, porque a nossa luta sempre foi ao lado do povo”, afirmou Gimenis, que já atuou como presidente do Sindbancários de Porto Alegre e vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-RS).
Já Comassetto, na incerteza se o ministério provisório será encerrado antes do final do seu mandato, em dezembro, falou em clima de despedida. No discurso, o parlamentar relembrou que não concorrerá à reeleição e seu compromisso com a pauta da habitação. Também elogiou colegas do Legislativo por “fazerem Política, com P maiúsculo”.
“Esse local ocupou um espaço significativo na minha vida. Sempre fizemos o possível para ter uma Porto Alegre melhor. Eu gostaria de continuar com o apoio de todos vocês agora na positiva para fazer os programas do governo federal se tornarem realidade junto com os estaduais e municipais. Ninguém faz nada sozinho, esse é um trabalho coletivo”, disse o parlamentar.
Outros vereadores de diferentes partidos utilizaram os microfones de apartes para se despedirem e parabenizarem Comassetto pelo cargo. Alguns, inclusive, aproveitaram para agendar visitas ao Ministério para discutir pautas voltadas à Habitação.
Ao optar pela não reeleição, ele havia informado que a decisão ocorria por acreditar na necessidade de colocar mais pessoas jovens no Legislativo. Em seu discurso, o parlamentar reassumiu esse compromisso: “Eu acredito em alguns princípios das relações humanitárias. Um deles é que ninguém é insubstituível, todos somos substituíveis. E outro é que eu acredito na juventude e que nós temos que fazer uma transição geracional, estar junto com a juventude para não cometer os erros que nós cometemos ao longo da vida.