A vereadora de Porto Alegre Mari Pimentel comunicou antes mesmo da janela partidária que deixaria o partido Novo. No entanto, passou quase todo o período dedicado à troca de siglas em dúvida quanto ao seu destino, cogitando tanto o União Brasil quando o Republicanos. Nesta quinta-feira (04), optou pelo último, assinando ficha de filiação em evento na sede do partido que contou com a presença dos presidentes municipal e estadual da sigla, José Freitas e Carlos Gomes, respectivamente.
"Ambos são partidos grandes, que tem um grande potencial. E era um objetivo meu estar em um partido com mais estabilidade. Eu acho (que a escolha) foi muito mais por uma questão de aproximação com algumas agendas e algumas pautas (do Republicanos) que eu acho importantes", explicou Mari.
Ao longo da janela partidária, uma das únicas certezas que a parlamentar dava era de que não se filiaria em um partido que apoiasse o atual prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), para uma reeleição. Esse era, inclusive, um dos fatores que a afastavam do Republicanos, visto que o partido faz parte da base de Melo na Câmara Municipal.
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No entanto, a situação parece ter sido resolvida com uma cláusula da carta de compromisso assinada por Freitas durante a filiação de Mari. Nela, é possível ler que "a Executiva Municipal do Republicanos comunica que garante autonomia e liberdade para a Vereadora Mari para a continuidade do seu mandato, bem como a libera de qualquer tipo de apoio a qualquer chapa para as eleições majoritárias de Porto Alegre em 2024".
No entanto, a vereadora deixa claro que o Republicanos ainda não sinalizou o apoio ao Melo. "Eles fazem parte hoje do apoio de uma chapa que era (Sebastião) Melo e Ricardo (Gomes). E essa chapa não existe mais. Então agora vai ser reconstruída essa relação e definido se o Republicanos irá apoiar a nova chapa ou até mesmo lançar um candidato próprio", pontua.
Mari havia, ainda, conversado com a deputada estadual Nadine Anflor (PSDB) sobre uma possível ida ao PSDB. No entanto, seu nome foi vetado pela sigla por desentendimentos com a executiva municipal da sigla. O presidente tucano em Porto Alegre, vereador Moisés Barboza, chegou a usar seu tempo de pronunciamento na tribuna da Câmara Municipal para dizer que o partido não desejava sua filiação.