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Publicada em 12 de Janeiro de 2024 às 17:56

Quatro cidades gaúchas terão redução no número de vereadores

Além da Capital gaúcha, outros três municípios gaúchos precisarão reduzir cadeiras

Além da Capital gaúcha, outros três municípios gaúchos precisarão reduzir cadeiras

Fernando Antunes/CMPA/Divulgação/JC
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Ana Carolina Stobbe
No Rio Grande do Sul, quatro cidades precisarão reduzir o número de cadeiras nas suas respectivas câmaras municipais a partir de 2025. A exigência está prevista na Constituição Federal, que leva em consideração a proporcionalidade da população do município para a decisão sobre quantos vereadores podem ocupar uma cadeira no Legislativo.
No Rio Grande do Sul, quatro cidades precisarão reduzir o número de cadeiras nas suas respectivas câmaras municipais a partir de 2025. A exigência está prevista na Constituição Federal, que leva em consideração a proporcionalidade da população do município para a decisão sobre quantos vereadores podem ocupar uma cadeira no Legislativo.
Em uma situação inédita, Porto Alegre registrou uma diminuição populacional no Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2022. Com isso, encontra-se na faixa que suporta apenas 35 cargos na Casa, valor previsto para municípios com população entre 1,2 milhão e 1,35 milhão de habitantes. Atualmente, no entanto, 36 vereadores atuam na Câmara.
Nos demais municípios, o corte afetará não apenas um, mas duas cadeiras parlamentares. Em Canguçu, cidade da Região Sul, a redução populacional foi de 6,72% em relação ao Censo anterior, de 2010. Assim, o município encontra-se 0,64% abaixo do limite constitucional para a manutenção dos 15 cargos de vereador, precisando reduzi-los a 13.
Já os municípios de Soledade, na Região Norte, e Candelária, no Centro do Rio Grande do Sul, precisarão diminuir de 13 para 11 parlamentares. Enquanto o primeiro está 0,03% abaixo do limite constitucional, o segundo encontra-se a 3,65%.

Notificada pelo MP, Câmara de Porto Alegre já possui projeto em tramitação

Após uma notificação do Ministério Público gaúcho enviada ao então presidente Hamilton Sossmeier (PTB) ainda em 2023, a mesa diretora da Câmara Municipal de Porto Alegre elaborou uma proposta de emenda à lei orgânica da Capital, que determina a composição de parlamentares da Casa. Embora pudesse reduzir ainda mais o número de parlamentares na Câmara, o projeto fixa 35 cadeiras. Atualmente, a proposta está recolhendo o número mínimo de assinaturas necessário para dar continuidade à tramitação.
"Atualmente, o Município de Porto Alegre possui 36 parlamentares o que, constitucionalmente, só seria permitido a municípios com uma população de no mínimo 1,35 milhão habitantes e há um percentual faltante de 1,29% de habitantes", diz a notificação do MP. 
"Desta forma, diante do exposto, solicito, no prazo de 10 dias, preste informações se foi ou será tomada alguma providência para adequação do número de cadeiras à faixa populacional, conforme último censo", segue o documento assinado pelo promotor de Justiça Adriano Marmitt.
Apesar da mudança na presidência e na mesa diretora, o atual chefe do Legislativo Mauro Pinheiro (PL) já informou que contribuirá para que o processo tramite e seja votado ao longo do ano. A exigência do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RS) é de que as alterações sejam realizadas até o mês de julho, data limite para o registro de candidaturas para as eleições municipais de 2024, previstas para o mês de outubro.
 

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