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Publicada em 05 de Dezembro de 2023 às 19:53

RS não deve aceitar termos da União para novo RRF

'Descartamos aumento da parcela da dívida', afirma secretária da Fazenda

'Descartamos aumento da parcela da dívida', afirma secretária da Fazenda

Diego Nuñez/Especial/JC
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Diego Nuñez
Diego Nuñez
O Rio Grande do Sul não deve aceitar os termos do governo federal para um novo acordo do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), segundo indicou a secretária da Fazenda do Estado, Pricilla Santana.
O Rio Grande do Sul não deve aceitar os termos do governo federal para um novo acordo do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), segundo indicou a secretária da Fazenda do Estado, Pricilla Santana.
"Temos incertezas frente a um novo acordo do RRF, inclusive com a possibilidade, já descartada por nós, de um aumento do nosso compromisso de pagamento da dívida", afirmou a economista, em audiência pública nesta terça-feira (5) na Assembleia Legislativa.
Em recente entrevista concedida ao Jornal do Comércio, o secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos Júnior (PSDB), explicou a proposta do Ministério da Fazenda para aumentar a parcela da dívida do Estado para com a União e, consequentemente, encurtar o período do pagamento.
Esse cenário forçaria o Rio Grande do Sul a despender R$ 2,2 bilhões em 2024 no pagamento da dívida - valor que, de acordo com o regime firmado, será de R$ 950 milhões durante o ano que vem.
Opção que, de acordo com Pricilla, está descarada pelo Palácio Piratini. "Ao invés de ter o aumento, estamos buscando uma redução", disse a secretária.
Na quinta-feira, a bancada estadual do PT na Assembleia Legislativa deve se reunir com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), em Brasília, para debater alternativas para o RRF. O movimento também tem sido feito por outros estados devedores, como Minas Gerais e Rio de Janeiro.
A renegociação do RRF ocorre desde o dia 1 do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e decorre de uma alteração no ICMS aprovada pelo Congresso Nacional em 2022.
As Leis Complementares 192 e 194 limitaram cobrança do ICMS em combustíveis, telecomunicações, energia elétrica e transporte coletivo. A decisão causou perda de arrecadação em todos os estados brasileiros e força o Rio Grande do Sul a rever o acordo.
 

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