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Partidos

- Publicada em 02 de Setembro de 2023 às 14:23

Romildo Bolzan retorna à presidência do PDT-RS após nove anos

Acordo costurado na convenção uniu duas chapas para Executiva estadual

Acordo costurado na convenção uniu duas chapas para Executiva estadual


Diego Nuñez/Especial/JC
Romildo Bolzan Júnior é o novo presidente do PDT gaúcho. O ex-prefeito de Osório e ex-presidente do Grêmio foi eleito pelo diretório estadual neste sábado, após acordo que costurou chapa única em nome da unidade partidária. Após ventilada possibilidade de eleição interna, na qual se apresentava como postulante o prefeito de São Sepé e ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), João Luiz Vargas, um acordo feito durante a convenção mesclou as duas nominatas em só uma chapa de 25 nomes para a Executiva estadual.Romildo retorna ao comando estadual do partido após nove anos, cargo que exerceu entre abril de 2008 e outubro de 2014. A eleição por aclamação do diretório foi unânime, em convenção realizada na sede da sigla, em Porto Alegre. O mandatário contava com o apoio da cúpula partidária, como o agora ex-presidente Ciro Simoni, os deputados federais Pompeo de Mattos e Afonso Motta e a bancada pedetista da Assembleia Legislativa. Do outro lado, liderados por Vargas, disputavam espaço um conjunto de prefeitos e vereadores de cidades como Guaíba, Lavras do Sul, Barra do Quaraí, Passo Fundo, entre outras.A proposta de chapa única, unindo ambos os lados, foi defendida pelo presidente nacional do PDT, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. "É hora de pregar unidade. Temos que ter grandeza. Qual o partido se divide, é como uma briga de família. O ideal é todo mundo sair grande daqui", argumentou em discurso aos filiados.
Romildo Bolzan Júnior é o novo presidente do PDT gaúcho. O ex-prefeito de Osório e ex-presidente do Grêmio foi eleito pelo diretório estadual neste sábado, após acordo que costurou chapa única em nome da unidade partidária. Após ventilada possibilidade de eleição interna, na qual se apresentava como postulante o prefeito de São Sepé e ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), João Luiz Vargas, um acordo feito durante a convenção mesclou as duas nominatas em só uma chapa de 25 nomes para a Executiva estadual.

Romildo retorna ao comando estadual do partido após nove anos, cargo que exerceu entre abril de 2008 e outubro de 2014. A eleição por aclamação do diretório foi unânime, em convenção realizada na sede da sigla, em Porto Alegre. 

O mandatário contava com o apoio da cúpula partidária, como o agora ex-presidente Ciro Simoni, os deputados federais Pompeo de Mattos e Afonso Motta e a bancada pedetista da Assembleia Legislativa. Do outro lado, liderados por Vargas, disputavam espaço um conjunto de prefeitos e vereadores de cidades como Guaíba, Lavras do Sul, Barra do Quaraí, Passo Fundo, entre outras.

A proposta de chapa única, unindo ambos os lados, foi defendida pelo presidente nacional do PDT, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi. "É hora de pregar unidade. Temos que ter grandeza. Qual o partido se divide, é como uma briga de família. O ideal é todo mundo sair grande daqui", argumentou em discurso aos filiados.
“Estamos começando a reoxigenar o partido. Romildo é um homem que sabe comandar. Tive uma conversa com ele para nós começarmos a estruturar o partido para as eleições do ano que vem”, disse Lupi.

A prioridade da nova direção partidária são as eleições municipais de 2024. “Faremos rapidamente um diagnóstico para as eleições municipais e também a questão da organização partidária e das alianças. Essa avaliação tem que ser feita rapidamente. (Na busca por alianças) nas eleições municipais, não temos bloqueio a ninguém. Cada município vai discutir sua situação”, disse Romildo.

Além da presidência de Romildo, a nova Executiva do PDT gaúcho tem o deputado Pompeo de Mattos como vice-presidente, Mirian Fonseca como segunda vice-presidente, Luciano Orsi como secretário geral, Juliana Brizola como primeira secretária, entre outros. Das 25 vagas, seis foram cedidas à chapa inicialmente liderada por João Luiz Vargas, mesmo que este não tenha incluído seu nome.

Após negociações, Vargas poderá ganhar um novo cargo na Executiva nacional do partido. A ideia seria criar uma coordenação nacional de prefeito para centralizar as demandas dos municípios governados pela sigla, de acordo com o próprio Lupi.

PDT busca se reposicionar como partido de centro-esquerda

Após a eleição da nova executiva, o PDT gaúcho quer se reposicionar firmemente como um partido de centro-esquerda - posição fortemente defendida pelo novo presidente estadual Romildo Bolzan.

“Temos um debate politicamente burro no País. Cadê o meio de tudo isso? Onde estamos, a centro esquerda? Termos só dois polos políticos cria uma inércia intelectual. O PDT precisa encontrar um meio para sair desse marasmo”, afirmou Romildo.

Ao falar sobre as estratégias do partido nas eleições municipais de 2024, Romildo disse que estaria aberto a conversar com todos os partidos. Questionado se estaria aberto também ao PL, fez ressalva: “cada situação vai ser examinada. Se não for uma situação muito bolsonarista, podemos analisar sim”.

A busca por retomar as origens trabalhistas de um PDT em crise de identidade pode forçar a sigla de Leonel Brizola a repensar sua participação no governo de Eduardo Leite (PSDB) no Rio Grande do Sul.

Durante a convenção, diversas foram as manifestações contra privatizações e em favor da abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a venda da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) na Assembleia Legislativa - hoje, o PDT é considerado decisivo para uma possível instauração do inquérito.

O próprio Romildo fora contra o ingresso do partido no governo tucano - decisão tomada pela antiga Executiva em dezembro de 2022. Ele, contudo, afirmou que não irá pautar o tema. Quaisquer questionamentos em relação à questão devem partir do próprio diretório, formado por 260 membros.

“Eu, particularmente, fui contra a entrada no governo. Como Executiva, não vou provocar esse debate. Se vier alguma decisão dessa natureza, vou democraticamente conduzi-la”, afirmou o mandatário.

“Fizemos uma participação pequena e com pouco papel decisório no governo Eduardo Leite. O governo Leite é nitidamente um governo de centro-direita. Se houver uma decisão do diretório, pode ser objeto de exame. Como está hoje, não muda”, concluiu.