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CPMI do 8 de Janeiro

- Publicada em 08 de Agosto de 2023 às 20:33

‘Desde o primeiro momento falei que ia devolver’, diz Onyx sobre relógio de luxo do Catar

O tema dos relógios de luxo voltou à tona com a investigação da CPMI do 8 de Janeiro

O tema dos relógios de luxo voltou à tona com a investigação da CPMI do 8 de Janeiro


TÂNIA MEINERZ/JC
Ex-ministro da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro (PL), Onyx Lorenzoni (PL) foi um dos integrantes da comitiva do então governo brasileiro ao Catar, em outubro de 2019, que recebeu um dos relógios de luxo dado por autoridades do país árabe. O assunto voltou à tona após a quebra de sigilo do ajudante de ordens do ex-presidente, Mauro Cid, e a investigação dessa comitiva pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro.
Ex-ministro da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro (PL), Onyx Lorenzoni (PL) foi um dos integrantes da comitiva do então governo brasileiro ao Catar, em outubro de 2019, que recebeu um dos relógios de luxo dado por autoridades do país árabe. O assunto voltou à tona após a quebra de sigilo do ajudante de ordens do ex-presidente, Mauro Cid, e a investigação dessa comitiva pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro.
Questionado pela reportagem, Onyx afirmou que se mostrou aberto à devolução do relógio desde a primeira manifestação do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Comissão de Ética Pública da Presidência.
“Eu já enviei uns 10 ofícios para a comissão de ética pública, pois desde o primeiro momento eu falei que ia devolver, quando o TCU tomou essa decisão. Estamos só tendo dificuldade para entregar. A decisão de entregar já tinha sido tomada”, comentou Onyx brevemente em entrevista concedida na entrega do título de Cidadão Emérito de Porto Alegre pela Câmara da Capital ao ex-ministro.
Na semana passada, a CPMI do 8 de Janeiro revelou uma troca de e-mails entre Bolsonaro e Cid que mostra que o ajudante de ordens tentou vender, por R$ 300 mil, um relógio da marca Rolex recebido na viagem oficial. As mensagens estão sendo analisadas pela comissão.
Na viagem oficial a Doha, no Catar, e em Riade, na Arábia Saudita, em outubro de 2019, o então presidente Bolsonaro recebeu um estojo de joias, que incluía um relógio da marca Rolex, de ouro branco, cravejado de diamantes. Na ocasião, ele esteve em um almoço oferecido pelo rei saudita Salma Bin Abdulaziz Al Saud.
Em 6 de junho de 2022, mesma data do e-mail de Mauro Cid, foi registrado pelo sistema da Presidência que os itens foram "encaminhados ao gabinete do presidente Jair Bolsonaro". Dois dias depois, em 8 de junho, conforme os registros oficiais, as joias já se encontravam "sob a guarda do Presidente da República".
Os objetos foram devolvidos pela defesa de Bolsonaro em abril deste ano. Naquele mês, a Polícia Federal começou a investigar a tentativa de desvio de outro conjunto de joias - o estojo com colar, anel, relógio e brincos de diamantes, no valor de R$ 5 milhões, segundo perícia da PF, que o governo da Arábia Saudita deu ao ex-presidente.