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Política

Câmara de Porto Alegre

- Publicada em 24 de Maio de 2023 às 19:15

Moção à ex-mulher de Radde é aprovada na Câmara de Porto Alegre

A Moção de Solidariedade causou intrigas entre vereadores e deputado

A Moção de Solidariedade causou intrigas entre vereadores e deputado


Cristina Beck/CMPA
O Legislativo de Porto Alegre aprovou uma moção de solidariedade à ex-companheira do deputado estadual Leonel Radde (PT) que o denunciou por violência doméstica no início deste mês. O requerimento tem como autores os vereadores Ramiro Rosário (PSDB) e Mauro Pinheiro (PL), além das vereadores Comandante Nádia (PP) e Fernanda Barth (Pode). 
O Legislativo de Porto Alegre aprovou uma moção de solidariedade à ex-companheira do deputado estadual Leonel Radde (PT) que o denunciou por violência doméstica no início deste mês. O requerimento tem como autores os vereadores Ramiro Rosário (PSDB) e Mauro Pinheiro (PL), além das vereadores Comandante Nádia (PP) e Fernanda Barth (Pode). 
A moção havia sido protocolada no dia oito de maio e já estava há semanas na ordem do dia aguardando votação. Por fim, o requerimento foi aprovado com 12 votos favoráveis e 12 abstenções. 
O resultado intrigou os vereadores. Pedro Ruas (PSOL) questionou ao presidente se o resultado não poderia ser considerado empate, o que foi negado pelo atual presidente em exercício, Moisés Barbosa (PSDB). 
O parlamentar João Bosco Vaz (PDT) afirmou que nunca tinha presenciado uma sessão que houvesse empate entre abstenções e aprovações. Bosco também trouxe sua opinião a respeito da Moção e afirmou que não caberia aos vereadores opinar sobre o tema. "Nem mesmo a Assembleia fez uma Moção sobre isso", comenta.  
O requerimento causou rebuliço na Casa desde que Nádia foi denunciada por Radde à Comissão de Ética. O deputado denunciou a vereadora por improbidade administrativa, alegando que Nádia mantinha em seu gabinete uma assessora que pertencia ao quadro de funcionários do senador Luis Carlos Heinze (PP). Em entrevista ao Jornal do Comércio, a parlamentar considerou a moção uma forma de vingança.
Na última quarta-feira, dia 17, o vereador Claudio Janta (SDD) havia protocolado um requerimento que solicitava a retirada da moção. Mas sua proposta não foi acatada pelos parlamentares, que optaram pela permanência da discussão do tema. Janta, que absteve seu voto, considerou precipitada a Moção, já que as investigações policiais ainda estão em andamento. "Por coerência essa votação deveria ter sido retirada", defende.  
Em seu discurso na tribuna, Comandante Nádia saiu em defesa da moção. "Se a ex-mulher do Radde recebeu o deferimento de uma medida protetiva de urgência, quem somos nós parlamentares para dizer que ela não merece o nosso apoio."