Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

Justiça

- Publicada em 17 de Maio de 2023 às 10:26

'Canetada', reage Deltan após ter mandato cassado pelo TSE

Além de ter o registro da candidatura anulado, Dallagnol fica inelegível por oito anos

Além de ter o registro da candidatura anulado, Dallagnol fica inelegível por oito anos


MARIANA CARLESSO/arquivo/JC
O deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) avaliou que a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para cassar seu mandato foi uma 'canetada'. Deputado federal mais votado pelo Paraná, Dallagnol teve o mandato cassado em julgamento unânime nesta terça-feira (16). Segundo ele, a decisão contraria a lei e a Justiça.
O deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) avaliou que a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para cassar seu mandato foi uma 'canetada'. Deputado federal mais votado pelo Paraná, Dallagnol teve o mandato cassado em julgamento unânime nesta terça-feira (16). Segundo ele, a decisão contraria a lei e a Justiça.

• LEIA TAMBÉM: Deltan Dallagnol questiona neutralidade de novo juiz da Lava Jato e cita doação a Lula

• LEIA TAMBÉM: TCU condena Deltan, Janot e Romão a devolverem R$ 2,8 milhões gastos na Lava Jato


O TSE considerou que o ex-procurador da Operação Lava Jato tentou burlar a Lei da Ficha Limpa. Os ministros concluíram que ele pediu exoneração quase um ano antes da eleição para se livrar de procedimentos disciplinares que, se avançassem, poderiam impedir sua candidatura.

Além de ter o registro da candidatura anulado, Dallagnol, que foi eleito com 344.917 votos, fica inelegível por oito anos. Pela decisão, os votos vão para a legenda. O ex-procurador afirma que as vozes dos seus eleitores foram 'caladas'. 

"Meu sentimento é de indignação com a vingança sem precedentes que está em curso no Brasil contra os agentes da lei que ousaram combater a corrupção. Mas nenhum obstáculo vai me impedir de continuar a lutar pelo meu propósito de vida de servir a Deus e ao povo brasileiro", disse em nota.

Entenda o caso

Quando Dallagnol pediu exoneração, em novembro de 2021, o então procurador era alvo de reclamações e sindicâncias por suspeita de grampos clandestinos, violação de sigilo funcional, improbidade administrativa, abuso de poder e quebra de decoro.

"O pedido de exoneração teve o propósito claro e específico de burlar a incidência da inelegibilidade", afirmou o ministro Benedito Gonçalves, relator do caso, no julgamento. "Foram inúmeras as apurações iniciadas com esteio em indicações robustas de práticas irregulares."

Dallagnol ainda pode recorrer, ao próprio TSE e ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas precisa aguardar o desfecho do caso fora do cargo.