O primeiro dia de 2025 também foi o primeiro dia dos novos governos municipais nas 497 cidades do Rio Grande do Sul que elegeram ou reelegeram seus prefeitos e prefeitas para um mandato de quatro anos, até o final de 2028.
As novas gestões terão pela frente uma série de desafios a serem enfrentados, sendo a recuperação plena após os enormes prejuízos causados pelas enchentes de maio do ano passado o maior deles.
Conforme balanço divulgado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) em julho passado, foram contabilizados R$ 12,8 bilhões em perdas conforme informaram os municípios sendo R$ 2,6 bilhões no setor público, R$ 5,5 bilhões no setor privado e R$ 4,7 bilhões no setor habitacional.
Como se sabe, os recursos municipais são limitados e maior parte dos prefeitos precisa fazer mágica diariamente para dar conta das inúmeras atribuições que cabem ao Executivo municipal. É nas cidades que as pessoas vivem e são elas, as cidades, que mais precisam entregar aos cidadãos os serviços públicos com a qualidade e celeridade devida.
Assim, nas mãos dos gestores está a grande responsabilidade de tornar a vida das pessoas mais fácil, reduzir os problemas, proporcionar espaços urbanos qualificados e seguros, disponibilizar transporte público eficiente, atenção de saúde presente e sem demoras e educação para todos.
Essas tarefas, por si só, são desafiadoras e difíceis em um cenário de normalidade. Cenário este que não é o atual na grande maioria dos municípios gaúchos. A reconstrução está sendo feita, casas sendo erguidas ou reerguidas, comércios sendo reabertos, escolas e hospitais retomando as rotinas da forma como podem. Não são poucos, por exemplo, os postos de saúde que continuam fechados quase oito meses após a tragédia climática.
Será necessário, portanto, muito trabalho por parte daqueles os quais o povo do Rio Grande do Sul escolheu. Aos novos prefeitos e prefeitas, cabe o rápido controle da gestão para que as respostas comecem a ser dadas já nos primeiros meses de governo.
Aos gestores que foram alçados novamente ao cargo que já ocupavam, por sua vez, o desafio é ainda maior. Eles receberam mais um voto de confiança dos seus munícipes e precisam mostrar que farão um governo melhor do que aquele que se encerrou em 31 de dezembro de 2024.