Porto Alegre, ter, 15/04/25

Anuncie no JC
Assine agora

Publicada em 08 de Setembro de 2024 às 07:13

O papel das companhias como agentes de transformação socioambientais

ARTE/JC
Compartilhe:
JC
JC
Marina BertolucciMuito antes de a sigla ESG se tornar agenda entre as esferas públicas, civis e privadas, a preocupação com o rumo da humanidade já era tema em encontros de cúpulas, documentários produzidos por futurologistas e publicações consideradas ousadas sobre os impactos das mudanças climáticas no mundo.A Eco-92, ou a Cúpula da Terra, que reuniu centenas de nações e milhares de ONGs no Rio de Janeiro no início da década de 90, aprofundou o debate sobre o conceito de sustentabilidade e as ferramentas necessárias para viver de forma suportável e saudável no planeta.Chegando um pouco mais perto, em 2015, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS) distribuindo ao mundo uma agenda com metas socioambientais, socioeconômicas e sociopolíticas, concretas, a serem alcançadas até 2030.Entre as agendas da Eco-92 e a da ONU, se tem algo que ficou claro, especialmente para os agentes de transformação, é que o meio ambiente não depende da humanidade. Pelo contrário: é a humanidade quem depende da natureza, que tem inerente capacidade de se regenerar e sobreviver, mesmo que para isso ela se veja obrigada a transpor o desenvolvimento alçado pelo homem há séculos.Todo esse cenário, especialmente nos últimos dez anos, passou a ser parte dos temas centrais inclusive das empresas, que passaram a ficar no radar não só de ativistas, mas de pessoas conscientes sobre os bastidores do próprio consumo. E isso significa ter um olhar atento sobre a jornada da produção e desenvolvimento sustentáveis de produtos, serviços e soluções disponíveis no mercado.O que as empresas estão fazendo, afinal, para mitigar os impactos ambientais? A luz está principalmente sobre a emissão dos gases de efeito estufa, responsáveis pelas mudanças climáticas, e que provocam os chamados desastres naturais, resultando em crises humanitárias, sobretudo para as minorias ao redor do mundo.A preocupação legítima acontece quando as ações começam pela identificação dos problemas, mapeamento de soluções, plano de ação com estabelecimento de metas e execução de projetos e programas que resultam não só na mitigação, mas na redução da emissão desses gases.Na TecBan, ao longo de quatro décadas, paralelo ao desenvolvimento de soluções para aumentar a eficiência do mercado financeiro e, inclusive, fomentar a inclusão financeira no país, foi realizado o mapeamento da geração de resíduos e seus impactos ambientais e, então, criado planos de ações para que cada linha de negócio pudesse reduzir significativamente a emissão de carbono.E aqui estou falando desde a eletrificação de frotas, reciclagem e revitalização de equipamentos, até o desenvolvimento de tecnologias que permitem aos estabelecimentos comerciais que contam com caixas eletrônicos recicladores, realizarem depósitos de dinheiro no mesmo local em que seus clientes sacam para fazer compras. Somente essa solução foi responsável, a partir da baixa demanda por serviços de transporte de valores, por evitar a emissão de 585 toneladas de CO² e em 2023.O exercício para tornar-se cada vez mais sustentável e possível para o meio ambiente, levou a companhia a subir dois níveis, alcançando nota “B” em um salto acima dos 30% nos últimos nove anos, no Carbon Disclosure Project, o CDP, organização internacional sem fins lucrativos com sede no Reino Unido, Japão, Índia, China, Alemanha, Brasil e Estados Unidos, que tem como objetivo construir e acelerar ações colaborativas para mitigar os impactos das mudanças climática.Esses exemplos ilustram mais do que uma marca verde ou comprometida com sua reputação. Mostram que, a responsabilidade com o meio ambiente é urgente e impreterível. Não só pela sobrevivência da humanidade no planeta, mas porque é nosso dever e nosso compromisso pedir licença, todos os dias, para usar os recursos naturais oferecidos em benefício do desenvolvimento econômico e social. É atuar, enquanto empresa, como agente de transformação de forma contínua e atrelada ao negócio.
Marina Bertolucci

Muito antes de a sigla ESG se tornar agenda entre as esferas públicas, civis e privadas, a preocupação com o rumo da humanidade já era tema em encontros de cúpulas, documentários produzidos por futurologistas e publicações consideradas ousadas sobre os impactos das mudanças climáticas no mundo.

A Eco-92, ou a Cúpula da Terra, que reuniu centenas de nações e milhares de ONGs no Rio de Janeiro no início da década de 90, aprofundou o debate sobre o conceito de sustentabilidade e as ferramentas necessárias para viver de forma suportável e saudável no planeta.

Chegando um pouco mais perto, em 2015, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis (ODS) distribuindo ao mundo uma agenda com metas socioambientais, socioeconômicas e sociopolíticas, concretas, a serem alcançadas até 2030.

Entre as agendas da Eco-92 e a da ONU, se tem algo que ficou claro, especialmente para os agentes de transformação, é que o meio ambiente não depende da humanidade. Pelo contrário: é a humanidade quem depende da natureza, que tem inerente capacidade de se regenerar e sobreviver, mesmo que para isso ela se veja obrigada a transpor o desenvolvimento alçado pelo homem há séculos.

Todo esse cenário, especialmente nos últimos dez anos, passou a ser parte dos temas centrais inclusive das empresas, que passaram a ficar no radar não só de ativistas, mas de pessoas conscientes sobre os bastidores do próprio consumo. E isso significa ter um olhar atento sobre a jornada da produção e desenvolvimento sustentáveis de produtos, serviços e soluções disponíveis no mercado.

O que as empresas estão fazendo, afinal, para mitigar os impactos ambientais? A luz está principalmente sobre a emissão dos gases de efeito estufa, responsáveis pelas mudanças climáticas, e que provocam os chamados desastres naturais, resultando em crises humanitárias, sobretudo para as minorias ao redor do mundo.

A preocupação legítima acontece quando as ações começam pela identificação dos problemas, mapeamento de soluções, plano de ação com estabelecimento de metas e execução de projetos e programas que resultam não só na mitigação, mas na redução da emissão desses gases.

Na TecBan, ao longo de quatro décadas, paralelo ao desenvolvimento de soluções para aumentar a eficiência do mercado financeiro e, inclusive, fomentar a inclusão financeira no país, foi realizado o mapeamento da geração de resíduos e seus impactos ambientais e, então, criado planos de ações para que cada linha de negócio pudesse reduzir significativamente a emissão de carbono.

E aqui estou falando desde a eletrificação de frotas, reciclagem e revitalização de equipamentos, até o desenvolvimento de tecnologias que permitem aos estabelecimentos comerciais que contam com caixas eletrônicos recicladores, realizarem depósitos de dinheiro no mesmo local em que seus clientes sacam para fazer compras. Somente essa solução foi responsável, a partir da baixa demanda por serviços de transporte de valores, por evitar a emissão de 585 toneladas de CO² e em 2023.

O exercício para tornar-se cada vez mais sustentável e possível para o meio ambiente, levou a companhia a subir dois níveis, alcançando nota “B” em um salto acima dos 30% nos últimos nove anos, no Carbon Disclosure Project, o CDP, organização internacional sem fins lucrativos com sede no Reino Unido, Japão, Índia, China, Alemanha, Brasil e Estados Unidos, que tem como objetivo construir e acelerar ações colaborativas para mitigar os impactos das mudanças climática.

Esses exemplos ilustram mais do que uma marca verde ou comprometida com sua reputação. Mostram que, a responsabilidade com o meio ambiente é urgente e impreterível. Não só pela sobrevivência da humanidade no planeta, mas porque é nosso dever e nosso compromisso pedir licença, todos os dias, para usar os recursos naturais oferecidos em benefício do desenvolvimento econômico e social. É atuar, enquanto empresa, como agente de transformação de forma contínua e atrelada ao negócio.
Superintendente executiva de Pessoas e ESG da TecBan

Notícias relacionadas

Comentários

0 comentários