Zulmar Neves
O 11 de agosto, dedicado àqueles que escolheram o caminho da defesa das pessoas e das empresas à luz da Justiça, é um momento oportuno para uma reflexão. Afinal, o que mudou desde a criação dos primeiros cursos de Direito no Brasil, em agosto de 1827, por meio de decreto de Dom Pedro Pedro I? Até então, sem a oferta de cursos no Brasil, era preciso enfrentar um oceano de dificuldades na busca por formação em países da Europa. De lá para cá, milhares e milhares de advogados vêm se formando nos bancos universitários em nosso País e sendo aprovados na prova da OAB para o exercício da profissão.
São esses profissionais que zelam pelo cumprimento rigoroso da legislação nas mais diversas áreas e que asseguram o direito à defesa dentro do princípio do contraditório estabelecido em nossa Constituição. É nela que temos assegurado que todos são iguais perante a lei.
Na história, novas especialidades surgiram no campo do Direito, para atender à complexidade da vida em sociedade, estabelecendo novos ordenamentos e buscando a segurança e o amparo aos cidadãos e às organizações, seja na área tributária, civil, empresarial, digital, ambiental e tantas outras. Mais do que nunca, o Direito se tornou imprescindível no dia a dia das empresas para assegurar as melhores condutas e as decisões mais assertivas do ponto de vista legal e, por conseguinte, financeiro.
Os novos tempos levaram a mudanças em relação às exigências profissionais. Hoje, o mercado exige habilidades além da técnica, do conhecimento e da atualização constante. São necessários talentos como inteligência emocional, o que requer uma formação adicional àquela adquirida nos cursos de Direito. Os profissionais também passaram a contar com uma série de recursos tecnológicos, como softwares e ferramentas da Inteligência Artificial, que se tornaram muito necessárias para abreviar processos na rotina atribulada dos advogados. E, sabemos, os desafios que se impõem certamente serão cada vez maiores.
Particularmente, o Direito me trouxe mais do que uma profissão, proporcionou a realização pessoal.
Particularmente, o Direito me trouxe mais do que uma profissão, proporcionou a realização pessoal.
Independente da história de cada profissional e das transformações no Direito, não mudam o fazer com ética, precisão e clareza sobre o papel de cada um na busca de assegurar todos os direitos.
Sócio-diretor da ZNA Advocacia