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Publicada em 17 de Agosto de 2025 às 00:25

Indústria láctea da Serra do RS investe para agradar o novo cliente

Cooperativa Santa Clara cooperativa investe em seus laboratórios e nas pesquisas de mercado

Cooperativa Santa Clara cooperativa investe em seus laboratórios e nas pesquisas de mercado

Santra Clara/Divulgação/JC
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Eduardo Torres
Eduardo Torres Repórter
Garantir maior competitividade em um ambiente em que a importação e empresas nacionais tornam-se grandes concorrentes é o grande desafio da Cooperativa Santa Clara, de Carlos Barbosa, na Serra, na produção de leite e laticínios. Por isso, além da captação do leite e dos investimentos industriais e em outros setores produtivos, que neste ano devem chegar a R$ 35 milhões, a cooperativa trabalha cada vez mais em seus laboratórios e nas pesquisas de mercado.
Garantir maior competitividade em um ambiente em que a importação e empresas nacionais tornam-se grandes concorrentes é o grande desafio da Cooperativa Santa Clara, de Carlos Barbosa, na Serra, na produção de leite e laticínios. Por isso, além da captação do leite e dos investimentos industriais e em outros setores produtivos, que neste ano devem chegar a R$ 35 milhões, a cooperativa trabalha cada vez mais em seus laboratórios e nas pesquisas de mercado.
"Saúde e bem-estar é hoje uma moeda cada vez mais valorizada no mercado. E nós precisamos estar alinhados com o que o consumidor exige, é uma questão de competitividade. Nossa pesquisa de mercado aponta as tendências e nós avaliamos se a nossa linha de produção tem capacidade de operar. Em alguns casos, fazemos as adaptações, em outros, formulamos o produto e industrializamos com parceiros", explica o diretor administrativo e financeiro da Santa Clara, Alexandre Guerra.
É possível notar este avanço da cooperativa nas prateleiras. Em praticamente toda a linha de produtos, estão presentes os rótulos com redução de sódio e zero lactose, além do leite com mais cálcio, o chamado 50+. E, mais recentemente, a linha de whey própria, que é produzida em uma indústria parceira, fora do Rio Grande do Sul.
Os resultados, aponta Guerra, são os melhores possíveis. Havia projeção de crescimento de 4% neste ano, mas já é possível imaginar 8% de crescimento da Santa Clara no mercado, chegando a um faturamento de R$ 2,7 bilhões.
"Durante a cheia no ano passado, mesmo com as dificuldades logísticas e alguns pequenos produtores sendo bastante prejudicados, a cooperativa continuou investindo em todas as pontas. De um lado, estamos concluindo uma nova central de distribuição em Carlos Barbosa, que permitirá centralizar a nossa logística após a produção industrial, de outro, temos trabalhado para que os produtores consigam cada vez mais eficiência nos seus rebanhos", detalha o diretor.
A bacia leiteira da Serra está entre as três maiores do Estado, mas a atuação da cooperativa já ultrapassou esse limite. Hoje, a coleta de leite da Santa Clara chega a 153 municípios entre a Serra, Alto Uruguai, Alto Jacuí e Taquari. E por isso, os investimentos também não se limitam à região onde nasceu a cooperativa. Neste ano, foi aberta uma loja agropecuária em Teutônia e um novo prédio foi reformado para a loja em Paraí. Ao todo, são 4,8 mil associados, dos quais 2,3 mil produzem leite. A Santa Clara busca ainda leite em parceria com outras cooperativas gaúchas.
Com 2,7 mil funcionários, a produção láctea é dividida em três frentes. Em Carlos Barbosa está concentrada a produção de queijos nobres, bebidas fermentadas e requeijão. As outras duas unidades estão no eixo norte do Estado. Em Casca, é envasado o leite UHT, que ocupa o quinto lugar na preferência dos consumidores da Região Sul do Brasil, conforme levantamento da AGAS, e em Getúlio Vargas, são produzidos mussarela e requeijão. De acordo com Alexandre Guerra, 60% da produção é destinada para fora do Estado.

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