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Publicada em 17 de Agosto de 2025 às 00:25

Espumantes de Garibaldi buscam reconhecimento

Garibaldi está entre as cinco marcas de espumantes mais consumidas no Brasil

Garibaldi está entre as cinco marcas de espumantes mais consumidas no Brasil

Augusto Tomasi/Divulgação/JC
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Eduardo Torres
Eduardo Torres Repórter
Em 2024, saíram de Garibaldi 4,53 milhões de litros de espumantes engarrafados. É o município líder nessa produção no Brasil, e que responde por 20% de toda a produção vinícola do Estado no ano passado. O espumante mais vendido no mercado brasileiro é de Bento Gonçalves, da Salton, segundo a Abras. No entanto, a Garibaldi e a Chandon figuram entre as 5 marcas mais consumidas no País.
Em 2024, saíram de Garibaldi 4,53 milhões de litros de espumantes engarrafados. É o município líder nessa produção no Brasil, e que responde por 20% de toda a produção vinícola do Estado no ano passado. O espumante mais vendido no mercado brasileiro é de Bento Gonçalves, da Salton, segundo a Abras. No entanto, a Garibaldi e a Chandon figuram entre as 5 marcas mais consumidas no País.
É em busca do reconhecimento aos processos produtivos do espumante no município que foi criada recentemente a Associação dos Produtores de Espumantes de Garibaldi. Entre os objetivos do grupo está a busca do certificado de origem.
"O espumante brasileiro nasceu aqui. O terroir da Serra é reconhecido como adequado para as uvas que resultam em espumantes de alta qualidade. Mas o espumante não é necessariamente um vinho de terroir, é um vinho de processo, e é isso que queremos certificar. As uvas para essa produção vêm, inclusive, de outras regiões do Estado, mas em Garibaldi dominamos desde o método tradicional ao método charmat e novas técnicas. O saber fazer é que torna o nosso produto diferenciado", explica o presidente da associação, Ricardo Morari.
Segundo ele, os diferenciais do espumante de Garibaldi reúnem acidez, frescor e elegância. E o papel da associação, além da busca pela certificação, é o de garantir o avanço técnico entre os fabricantes da região mesmo diante dos desafios para a produção futura.
"As mudanças climáticas estão presentes em todos os debates técnicos da produção de uvas. A condição que temos encontrado nos vinhedos é muito diferente do passado. Isso nos preocupa, mas ao mesmo tempo, abre caminho para novas variedades e técnicas de cultivo, com o estabelecimento do melhor período para a colheita", detalha o especialista.
Segundo ele, é fundamental controlar a maturação da uva em um cenário de maior variação térmica e de fenômenos como grandes volumes de chuva mais frequentes na Serra.

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