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Publicada em 17 de Agosto de 2025 às 00:25

Duplicações de rodovias na Serra do RS vão atrasar

Ponte sobre o Arroio Tega tem tráfego diário de 20 mil veículos

Ponte sobre o Arroio Tega tem tráfego diário de 20 mil veículos

/CSG/Divulgação/JC
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Eduardo Torres
Eduardo Torres Repórter
Teve início em janeiro a obra de duplicação da ponte sobre o Arroio Tega, na ERS-122, ao norte de Caxias do Sul, pela concessionária Caminhos da Serra Gaúcha (CSG), responsável pelas rodovias do chamado Bloco 3. A ponte, considerada um ponto nevrálgico na região, tem tráfego diário de 20 mil veículos, e pelo menos 30% deles são caminhões de carga. Somente nesta obra, que tem previsão de entrega em meados de 2026, são desembolsados R$ 50 milhões. Foi o primeiro passo do pacote de duplicações previstas para o bloco de rodovias. "Optamos por começar as obras por essa ponte, sinalizando que estamos comprometidos em fazer o que for preciso para a melhoria logística da região. Toda a primeira parte das duplicações, porém, exigiu uma adaptação nos projetos, com a cheia de 2024, e nos prazos, que estamos pleiteando junto ao governo do Estado", explica o diretor-presidente da CSG, Ricardo Peres.
Teve início em janeiro a obra de duplicação da ponte sobre o Arroio Tega, na ERS-122, ao norte de Caxias do Sul, pela concessionária Caminhos da Serra Gaúcha (CSG), responsável pelas rodovias do chamado Bloco 3. A ponte, considerada um ponto nevrálgico na região, tem tráfego diário de 20 mil veículos, e pelo menos 30% deles são caminhões de carga. Somente nesta obra, que tem previsão de entrega em meados de 2026, são desembolsados R$ 50 milhões. Foi o primeiro passo do pacote de duplicações previstas para o bloco de rodovias. "Optamos por começar as obras por essa ponte, sinalizando que estamos comprometidos em fazer o que for preciso para a melhoria logística da região. Toda a primeira parte das duplicações, porém, exigiu uma adaptação nos projetos, com a cheia de 2024, e nos prazos, que estamos pleiteando junto ao governo do Estado", explica o diretor-presidente da CSG, Ricardo Peres.
Pelo cronograma inicial de obras do Bloco 3, que inclui as rodovias ERS-122, ERS-240, RSC-287, ERS-446, RSC-453 e BR-470, o primeiro pacote de duplicações, com 33 quilômetros, deveria ser entregue no início de 2026. A concessionária, porém, solicitou a prorrogação do prazo em 15 meses, para entrega em maio de 2027 e o início das frentes de trabalho - exceto pela ponte sobre o Arroio Tega - entre dezembro deste ano e janeiro de 2026.
Fazem parte deste grupo de obras 11 quilômetros da ERS-122 do contorno norte de Caxias do Sul, a duplicação da RSC-453 entre Farroupilha e Bento Gonçalves e dois quilômetros da ERS-240, no Vale do Caí. "Após 2024, os projetos precisam ser revistos para se tornarem mais resilientes. Tivemos que recalcular dados de inundação, aumentar a capacidade de drenagens, a altura das rodovias e os materiais a serem usados, mais resilientes, nos projetos de duplicação previstos", explica Peres.
O plano da CSG é desembolsar R$ 315 milhões neste ano - destes, R$ 200 milhões em investimentos -, um volume 12% superior aos R$ 281 milhões de 2024, dos quais, R$ 156 milhões foram em investimentos.
Em apenas 17 dias, a concessionária havia conseguido restabelecer a ligação entre a Serra e a Região Metropolitana durante os eventos de maio do ano passado, no entanto, foram detectados 14 pontos com necessidades de novas contenções e recuperação de vias. Entre setembro e outubro, por exemplo, é prevista a entrega de um desses trechos, entre Caxias do Sul e Flores da Cunha, com desembolso de R$ 20 milhões. Ao todo, são previstos R$ 282 milhões entre contenções e recuperações.
Estes valores, no entanto, não fazem parte do pacote de investimentos da concessionária neste ciclo, por não estarem previstos no contrato original da concessão e, portanto, ainda dependem de ressarcimento por parte do Estado, como parte do reequilíbrio contratual, ainda não definido.
"As contenções são obras necessárias somente para manter as atuais condições de trafegabilidade das rodovias do bloco, não para a duplicação prevista", explica o diretor.
Ao longo do trecho, a CSG instalou ainda seis estações meteorológicas como parte do seu plano de maior resiliência. No contrato, estavam previstas duas estações.

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