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Mapa Econômico do RS

- Publicada em 30 de Outubro de 2023 às 18:27

Região dos Campos de Cima da Serra amplia produção de queijo serrano com selo de procedência

Produtores buscam selo de procedência e consolidam força do setor na região

Produtores buscam selo de procedência e consolidam força do setor na região


ARQUIVO PESSOAL CLADECIR BITENCOURT/DIVULGAÇÃO/JC
Outro dos selos de origem na região está nos Campos de Cima da Serra. Somente lá é possível encontrar o queijo serrano. De acordo com a Associação dos Produtores de Queijo e Derivados do Leite dos Campos de Cima da Serra (Aprocampos), a região conta com pelo menos 50 produtores - 10 deles já contam com o selo de procedência, concedido neste ano -, que chegam a fabricar 1,5 mil quilos de queijo serrano por dia.
Aos 57 anos, Cladecir Bitencourt, que preside a associação, cria 22 vacas em campo nativo em São José dos Ausentes, e há 18 anos dedica-se à produção do queijo serrano. "Se fosse vender leite, com certeza não teria o rendimento que tenho, e ainda estaria sujeito a incertezas do setor. Desde que conquistamos o reconhecimento de identificação geográfica do queijo, as vendas e o valor do produto aumentaram em uns 50%. Significou muito valor agregado", conta.
Com a sua queijaria, a Vovô Manoel, estrategicamente posicionada à beira da estrada no limite entre São José dos Ausentes e Bom Jesus, Bitencourt produz até 15 quilos por dia, e vende tudo rapidamente. "Todo o turista que hoje vem para os Aparados, por exemplo, tem que passar aqui para levar o queijo serrano. E tem ainda toda a demanda para os contatos que temos em Porto Alegre e em outras regiões com maior consumo. Na Expointer, o lucro é garantido." É que este não é qualquer queijo. A começar pelo leite que dá origem a ele. Para ser o queijo serrano, não pode ser originário de vacas leiteiras, mas de vacas de raças de corte. Elas precisam ser criadas no campo nativo, típico de Cima da Serra. E no momento da produção, o leite é cru. O queijo é obtido somente com coalho e sal.

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