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Publicada em 25 de Julho de 2025 às 19:02

Duplicação da BR-386 entre Lajeado e Marques de Souza será concluída neste ano

Concessionária mantém três frentes de trabalho na rodovia que está sendo ampliada; expectativa é com ligação duplicada entre Lajeado e Marques de Souza

Concessionária mantém três frentes de trabalho na rodovia que está sendo ampliada; expectativa é com ligação duplicada entre Lajeado e Marques de Souza

CCR/Divulgação/JC
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Eduardo Torres
Eduardo Torres Repórter
A duplicação da rodovia BR-386 absorve a maior parte do R$ 1 bilhão previsto pela CCR ViaSul em investimentos nas rodovias administradas pela concessionária no Rio Grande do Sul neste ano. Com três frentes de trabalho simultâneas na rodovia, o diretor Fernando Henrique de Marchi garante que a prioridade é finalizar essas obras antes de iniciar qualquer novo trecho de duplicação.
A duplicação da rodovia BR-386 absorve a maior parte do R$ 1 bilhão previsto pela CCR ViaSul em investimentos nas rodovias administradas pela concessionária no Rio Grande do Sul neste ano. Com três frentes de trabalho simultâneas na rodovia, o diretor Fernando Henrique de Marchi garante que a prioridade é finalizar essas obras antes de iniciar qualquer novo trecho de duplicação.
A chamada Rodovia da Produção liga a região produtora de grãos, no Norte do Estado, à Região Metropolitana, cruzando pelo Vale do Taquari e, por isso, sinônimo do desenvolvimento da região. A cada dia, com ampliação durante o período de safra, são até 15 mil caminhões trafegando na rodovia. A movimentação varia de 10 a até 80 veículos por hora pela BR-386.
"O ritmo das nossas obras carece muito do fator climático, temos hoje frentes de trabalho em praticamente todas as áreas da rodovia para compensar o tempo que perdemos com a chuva, e isso também tem feito com que a nossa engenharia desenvolva soluções com novos materiais e estruturas para a base das rodovias, que precisou ser adaptada. O trabalho no Rio Grande do Sul tem sido um aprendizado para também aplicarmos em outros lugares no Brasil, especialmente em relação a como tratar o solo úmido pelo excesso de chuvas", aponta o diretor.
A necessidade de adaptações no modelo construtivo adotado pela concessionária exigiu, por exemplo, a retomada à estaca zero do acesso ao bairro Montanha, em Lajeado. Já a ponte entre Estrela e Lajeado, conforme Marchi, nunca esteve em risco de colapso, mesmo com a força do Rio Taquari. No entanto, o impacto da barca, levada pela água a partir do Porto de Estrela, fez com que, durante oito meses, fosse necessário reforçar os pilares.
A previsão é de que seja entregue, finalizada, a duplicação do trecho entre Lajeado e Marques de Souza, com 20 quilômetros, até outubro. Antes disso, em agosto, a faixa adicional da rodovia entre Estrela e Lajeado deve estar pronta. "Vamos entregar 40 quilômetros duplicados neste ano", garante Fernando de Marchi.

Antes da concessão, projetos mais resilientes e mais investimentos

Se as concessionárias nacionais estão adaptando seus projetos e até mesmo materiais construtivos em virtude dos eventos climáticos no Rio Grande do Sul, o governo do Estado tratou de adaptar os planos para a futura concessão do chamado Bloco 2 de rodovias estaduais.
Os recursos do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs) no polo de rodovias serão ampliados em R$ 200 milhões, chegando ao teto de R$ 1,5 bilhão de investimentos públicos previstos – com redução do teto de valor para pedágios. As mudanças incluem a elevação de cotas para pontes e o acréscimo de camada drenante nas duplicações em áreas afetadas pelas enchentes.
Este bloco contempla três rodovias do Vale do Taquari, as ERSs 128 (Via Láctea), que corta a bacia leiteira entre Teutônia e Fazenda Vilanova; a ERS-129, entre Dois Lajeados e Encantado; e a ERS-130, que liga Arroio do Meio a General Câmara, no Vale do Rio Pardo.
Pelo menos duas dessas rodovias foram fortemente atingidas pelas cheias dos dois últimos anos. Em Muçum, são investidos quase R$ 10 milhões para reconstruir a ERS-129, e na ERS-130, a ponte sobre o Rio Forqueta, entre Lajeado e Arroio do Meio, precisou ser reconstruída, com outros R$ 22,3 milhões investidos pelo Estado.
O plano do governo gaúcho para o bloco, que inclui ainda outras três rodovias mais ao norte, é concedor os trechos por 30 anos, com as obras de duplicação devendo se estender por uma década. Havia previsão de publicação do edital de licitação em julho, com o leilão que definirá a concessionária que vai administrar as rodovias previsto para outubro ou novembro, na B3, em São Paulo.

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