Porto Alegre,

Publicada em 16 de Maio de 2024 às 19:21

São Leopoldo prevê R$ 60 milhões para a limpeza da cidade

Prefeitura estima que, em até 7 dias, nível do Rio dos Sinos podem baixar e permitir retorno dos moradores

Prefeitura estima que, em até 7 dias, nível do Rio dos Sinos podem baixar e permitir retorno dos moradores

Thales Ferreira/DIVULGAÇÃO/CIDADES
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jornal cidades
O município de São Leopoldo prevê, inicialmente, cerca de R$ 60 milhões para fazer a manutenção e a limpeza da cidade, uma das mais atingidas pelas enchentes desde o final do mês de abril. O número foi apresentado pelo prefeito Ary Vannazi, em entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira (16). O balanço total, porém, somente será possível após as águas baixarem, conforme o chefe do Executivo.
O município de São Leopoldo prevê, inicialmente, cerca de R$ 60 milhões para fazer a manutenção e a limpeza da cidade, uma das mais atingidas pelas enchentes desde o final do mês de abril. O número foi apresentado pelo prefeito Ary Vannazi, em entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira (16). O balanço total, porém, somente será possível após as águas baixarem, conforme o chefe do Executivo.
De acordo com Vanazzi, a estimativa inicial refere-se apenas aos prejuízos envolvendo escolas municipais, conveniadas, postos de saúde e demais serviços da rede municipal de São Leopoldo. No momento, São Leopoldo tem mais de 180 mil pessoas atingidas pela enchente, 13 mil albergados e mais 100 mil fora de suas casas. Há também 34 mil residências totalmente cobertas pela água.
"Nós temos alguns movimentos emergenciais rápidos, como salvar vidas; organizar os abrigos; fazer manobras para o restabelecimento de água para a população - hoje 70% encontra-se abastecida - e o trabalho relacionado ao fechamento dos diques, por onde houve o extravasamento de água para dentro dos bairros", destacou Vanazzi.
A questão da água nos bairros, segundo o prefeito, é fundamental para permitir que as pessoas possam voltem para as suas casas. Ele explica que durante, aproximadamente, sete dias, foram realizados trabalhos emergências para reparos em diques na Vila Braz e Santo Afonso, com o objetivo de evitar um volume maior de água nos bairros.
Vanazzi informa que esteve reunido nesta semana com o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, o prefeito de Guaíba, Marcelo Maranata, o prefeito de Canoas, Jairo Jorge, o prefeito de Nova Santa Rita, Rodrigo Battistella e com Paulo Pimenta, ministro do Ministério Extraordinário de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, justamente, para tratar sobre com retirar as águas retidas nas bacias.
"Porto Alegre não fez dique, Canoas, não fez dique; nós, graças a Deus, já fizemos. Essa é a primeira parte emergencial, agora o grande desafio é tirar esta água no menor tempo possível", salienta.
Vanazzi informa que foi ligada uma bomba submersa na casa de bombas da Campina para realizar a drenagem e tentar restabelecer o funcionamento das bombas fixas. Já no Arroio Cerquinha, duas bombas submersas estão retirando a água acumulada no Jardim Fênix. O funcionamento da casa de bombas da João Corrêa depende do trabalho realizado no dique.
O prefeito destaca que este é um trabalho emergencial, uma vez que, o sistema de proteção das cheias depende de um projeto técnico feito em conjunto com o governo Federal, Estadual e com os municípios. De acordo com ele, trata-se de algo demorado para ocorrer.
"As águas estão baixando e esperamos que nos próximos seis a sete dias, as águas do rio dos Sinos volte ao seu normal. Foi feito um grande planejamento para limpeza da cidade, começando pelo centro e bairro Feitoria, assim que as águas baixarem", informa. Para que isto ocorra, é necessário que as bombas da João Corrêa retirem as águas do centro.
Vanazzi também foi questionado sobre a possibilidade de criação de uma cidade provisória, para abrigar as pessoas em áreas alagadas. Ele destacou que esteve reunido com o vice-governador do Estado, Gabriel Souza, e que entre as indicações estava o Parque do Trabalhador; porém, o prefeito disse que é necessário que o volume das águas baixem para ter uma ideia sobre a realidade da situação em São Leopoldo. Vanazzi completou que é necessário ver o conjunto de todas essas circunstâncias. Também é necessário mapear as pessoas que precisam de um novo local. "Olhamos também a possibilidade de utilizar o Centro de Eventos, mas nós não podemos afirmar que vamos precisar fazer isto", cita.
Vanazzi diz que é necessário também ver os recursos que o governo federal está oferecendo, mais o aluguel social, com isto talvez não precise da cidade provisória. A ideia é trabalhar com a volta das pessoas para as suas casas e desativar os abrigos provisórios o mais rápido possível.
 

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