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Publicada em 02 de Junho de 2025 às 11:09

"Nós do Mar": projeto em Rio Grande transforma redes de pesca em artesanato e renda

Matérias-primas são transformadas por artesãs locais em produtos funcionais e criativos, vendidos em feiras, eventos e na loja do próprio grupo

Matérias-primas são transformadas por artesãs locais em produtos funcionais e criativos, vendidos em feiras, eventos e na loja do próprio grupo

Nós do Mar/Reprodução/Instagram/JC
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Josimara Megiato
De Rio Grande, especial para o JCRedes de pesca que antes poluíam o mar ou eram descartadas no lixo agora se transformam em bolsas, almofadas, esponjas e saquinhos reutilizáveis, gerando renda e promovendo consciência ambiental. Essa é a proposta do Nós do Mar, projeto criado em Rio Grande que une sustentabilidade, artesanato e inclusão social.
De Rio Grande, especial para o JC

Redes de pesca que antes poluíam o mar ou eram descartadas no lixo agora se transformam em bolsas, almofadas, esponjas e saquinhos reutilizáveis, gerando renda e promovendo consciência ambiental. Essa é a proposta do Nós do Mar, projeto criado em Rio Grande que une sustentabilidade, artesanato e inclusão social.
Iniciado a partir de recursos da Lei Paulo Gustavo, o projeto reaproveita redes de pesca inutilizadas e fardamentos industriais que seriam descartados no meio ambiente. As matérias-primas são transformadas por artesãs locais em produtos funcionais e criativos, vendidos em feiras, eventos e na loja do próprio grupo, a Art’Evidência, que fica no shopping Praça Rio Grande.
“Fazemos tudo com as redes inteiras, que ganham nova vida”, explica Carla Ferreira, artesã e uma das integrantes do projeto.
 
Além disso, a iniciativa ajuda a fomentar a cultura do reaproveitamento às próprias comunidades de pescadores. “Vamos até as comunidades e ensinamos as famílias de pescadores a produzir também. Assim, elas podem vender seus produtos, como hortifrutis, usando saquinhos reciclados. É uma forma de somar renda e preservar o meio ambiente”, ressalta Carla.
O projeto Nós do Mar também aposta na educação ambiental como eixo central. O grupo realiza oficinas em comunidades e visitas a escolas, promovendo a conscientização sobre os impactos do descarte indevido das redes no mar e nas lagoas. “Muita gente não percebe o impacto de uma rede jogada na lagoa ou na praia. Isso pode causar a morte de animais, que ficam presos nelas.” E, junto com o reaproveitamento dos resíduos, o projeto também atua para disseminar boas práticas de consumo e descarte.
A expectativa do grupo é crescer, chegar a outros municípios e ampliar o impacto social e ambiental da iniciativa. “A gente quer levar esse espírito de preservação para outras cidades, mostrar que dá pra transformar o que seria lixo em oportunidade”, projeta a artesã.
Carla aponta que o projeto tem sido fundamental para aumentar a renda das participantes. Para disseminar essa cultura, o grupo também oferece oficinas abertas ao público, onde novas pessoas podem aprender as técnicas e também se beneficiar da proposta. “O edital foi uma porta de entrada, mas as vendas também ajudam muito. Queremos que mais pessoas conheçam e se envolvam”, conclui.

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