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Publicada em 23 de Maio de 2025 às 14:27

Abandono de residência de João Simões Lopes Neto em Pelotas motiva ação do MP

Segundo promotoria de Justiça, prédio histórico está em estado de deterioração e, apesar de alertas do Iphae desde 2017, nenhuma medida foi adotada

Segundo promotoria de Justiça, prédio histórico está em estado de deterioração e, apesar de alertas do Iphae desde 2017, nenhuma medida foi adotada

MPRS/Divulgação/JC
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O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) em Pelotas ajuizou uma ação civil pública (ACP) contra os proprietários do Palacete Payssandu e o Estado do Rio Grande do Sul por abandono do imóvel, antiga residência de João Simões Lopes Neto e tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae) em 2012.
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) em Pelotas ajuizou uma ação civil pública (ACP) contra os proprietários do Palacete Payssandu e o Estado do Rio Grande do Sul por abandono do imóvel, antiga residência de João Simões Lopes Neto e tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae) em 2012.
Conforme o promotor de Justiça José Alexandre Zachia Alan, autor da ação, o prédio histórico está em estado de deterioração e, apesar de alertas do Iphae desde 2017, nenhuma medida foi adotada. As informações são do site do MPRS.
Diante disso, o órgão pede na ação que os réus apresentem um projeto completo de restauração do prédio, no prazo de 180 dias, e a execução da obra em até 24 meses após aprovação pelos órgãos competentes. Requer ainda uma multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento, além da responsabilização pelo custeio das despesas processuais.
Segundo o Iphae, Simões Lopes Neto passou a residir no casarão da Rua Payssandu, atual Rua Barão de Santa Tecla, no início da década de 1880. O imóvel era de propriedade de seu pai, Catão Bonifácio Simões Lopes, que mudou-se da casa após o casamento do filho, em 1892, deixando-a de presente para o casal.
Ali, Simões Lopes Neto escreveu grande parte de sua obra. Em 1897, vendeu o imóvel, após quase duas décadas morando no local, transferindo-se para a casa à atual Rua Dom Pedro II, que hoje é a sede do Instituto João Simões Lopes Neto.
No aspecto arquitetônico, o palacete se destaca pela originalidade da frontaria, em estilo eclético com tendência neomourisca, presente em componentes e elementos decorativos. O palacete segue o gosto da arquitetura vigente no país na segunda metade do século XIX, cujas características podem ser observadas, como a implantação afastada dos limites do lote e a introdução do jardim frontal.
 

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