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Publicada em 04 de Fevereiro de 2025 às 10:28

Falta de energia na zona rural de Pelotas prejudica produção

Grupo no Whatsapp é utilizado por moradores da Colônia Osório, na zona rural de Pelotas, para organizar protestos e demandar ações para evitar problemas com falta de energia

Grupo no Whatsapp é utilizado por moradores da Colônia Osório, na zona rural de Pelotas, para organizar protestos e demandar ações para evitar problemas com falta de energia

Fabiane Holz/Arquivo Pessoal/JC
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Gabriel Fritsch Repórter
De Pelotas
De Pelotas
Pelotas, a quarta cidade mais populosa do Rio Grande do Sul, com mais de 340 mil habitantes, tem uma extensa área rural, com oito distritos e propriedades que cultivam soja, arroz, milho, fumo, frutíferas, além da pecuária de corte e leite. No entanto, a falta de energia elétrica tem se tornado um problema crônico, causando prejuízos aos produtores rurais e mobilizando a comunidade em busca de soluções.
Oscilações na voltagem, falta de manutenção e interrupções no abastecimento são queixas frequentes dos moradores das colônias. Em algumas situações, a energia falta sem que haja chuvas ou ventos, e a demora para o restabelecimento pode levar dias. Esses problemas têm impactado diretamente a produção agrícola, especialmente em culturas sensíveis como o fumo, de acordo com produtores da região, como Fabiane Holz, da Colônia Osório.
 
Ela destaca a importância da energia elétrica para a qualidade do fumo, por exemplo. "As estufas de fumo dependem muito da energia. Se os motores ficarem desligados, a qualidade do tabaco é diretamente afetada, o que diminui a rentabilidade do produtor", explica. Diante desses desafios, ela decidiu criar um grupo no WhatsApp para unir os moradores e buscar soluções conjuntas. Atualmente, o grupo conta com mais de 500 participantes, que organizam protestos, reclamam, abrem protocolos e realizam reuniões para pressionar a CEEE Equatorial, empresa responsável pelo fornecimento de energia na região.
Apesar das promessas feitas pela Equatorial em audiências públicas, os moradores afirmam que as ações efetivas são escassas. "As promessas são sempre das melhores, mas o efetivo mesmo a gente não vê acontecer. Já tivemos várias audiências públicas, mas a CEEE Equatorial nem aparece ou promete muita coisa que não sai do papel", relata Fabiane.
Uma das principais demandas da comunidade é a instalação de uma base da CEEE Equatorial na Colônia Osório. A presença de uma equipe fixa na região, avalia a produtora, agilizaria o atendimento e permitiria um conhecimento mais aprofundado da área, o que facilitaria a identificação e solução dos problemas. "O pessoal vai conhecendo a região também, porque senão vem sempre pessoas diferentes e ficam perdidos. Se tivéssemos uma base aqui, ficaria muito mais fácil", sugere a produtora.
Em nota, a CEEE Equatorial informou que, ao longo do ano passado, realizou mais de 630 serviços de manutenção, melhorias e manejo de vegetação próximo à rede para garantir a estabilidade do fornecimento. A empresa também afirmou que as equipes estarão na região para a instalação de novos equipamentos, substituição de postes e cabos, o que deve trazer mais estabilidade ao fornecimento de energia no terceiro e quarto distritos de Pelotas.
A distribuidora reforça que o registro das ocorrências nos canais oficiais é o melhor caminho para se comunicar com a companhia e contribui para a identificação, acompanhamento e solução dos casos.

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